Uma das palestras mais esperadas da Fenicafé 2013 - Feira Nacional de Irrigação de Cafeicultura, que ocorre entre os dias 20 e 22 de março no Cerrado  Mineiro, é a da ex-jogadora de basquete Hortência Marcari que irá abordar o tema 'Lições de uma vida. Estratégias, valores e atitudes de uma campeã'.

Em sua palestra, Hortência fala de sua vida, sua origem, sua infância, da importância de seus filhos, mas principalmente, conta sua trajetória no esporte e no basquete; uma história construída com talento, oportunidades percebidas e aproveitadas e, sobretudo, de muito trabalho. “Todos os dias eu convertia 1.000 arremessos nos treinos; 500 pela manhã e 500 à tarde, divididos em lances livres, tiros de dois e de três pontos. Sem isso meu treino não estava completo. Me preparava muito. Vivia cada jogo como se fosse minha vida. Talvez essa tenha sido a maior chave para meu sucesso”, diz Hortência, que fazia sua preparação sempre pensando em vencer. “Quando a vitória chegava significava que eu tinha me livrado da derrota, mas quando se perde e você percebe que aprendeu alguma coisa, então você não perdeu”.

Além disso, Hortência fala sobre perseverança, vontade de vencer, espírito de equipe, controle em situações inesperadas, necessidade de arriscar, a importância da emoção em cada passo, procurar sempre enxergar à frente e superar seus oponentes nos detalhes, aprender com as derrotas e com a superioridade de seus adversários, os desafios que movem os campeões, entre outros.

Perfil

Durante os 21 anos em que defendeu a seleção brasileira feminina de basquete, Hortência Marcari (Potirendaba, SP, 23/9/1959) reinou nas quadras brasileiras, dividindo com Paula durante boa parte desse tempo a condição de principal jogadora do país. Não por acaso, ela entrou para a história do esporte com o honroso título de “Rainha do Basquete”.

Sua especialidade eram as cestas à distância, tanto que chegou a marcar 121 pontos em uma partida, recorde mundial no basquete feminino, estabelecido em 1990. Em quadra, Hortência era sinônimo de "garra", nunca se intimidou com o corpo-a-corpo das adversárias, apesar de não medir mais que 1,74 metro de altura.

De família humilde, Hortência foi descoberta ainda menina, aos 13 anos, jogando handebol na sétima série do Colégio Santa Maria, em São Caetano do Sul (SP). Hortência chegou à seleção brasileira com apenas 16 anos. Quando começou a vestir a camisa verde-amarela, a seleção era muito pouco respeitada. Ao abandonar a carreira, no entanto, ela pôde atestar o legado deixado pela geração comandada por ela e Paula. Com as duas à frente da equipe, o país conquistou o Pan-Americano, em Havana, 1991, o Mundial, na China, em 1994, e a medalha de prata na Olimpíada de Atlanta, em 1996. Em Sydney, 2000, já sem Hortência e Paula na quadra, viria o bronze.

Com a camisa número 4 do Brasil às costas, Hortência disputou cinco campeonatos mundiais, quatro Jogos Pan-Americanos e duas Olimpíadas, em Barcelona, 1992, e Atlanta, 1996, quando as meninas do Brasil não conseguiram colocar fim à hegemonia das americanas, mas voltaram para casa com uma honrosa medalha de prata. Na final, foram derrotadas pelos Estados Unidos por 111 a 87. Hortência, que encerrou a carreira após essa conquista, é a única brasileira que tem sua camisa no Hall da Fama em Springfield, nos Estados Unidos, onde o basquete começou.

Confira aqui mais informações sobre a Fenicafé 2013

As informações são da organização do evento, adaptadas pelo CaféPoint.