A pesquisadora Madelaine Venzon, coordenadora do Programa Estadual de Pesquisa em Agroecologia, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), participa, no dia 15 de outubro, do Fórum de Bioinsumos e Agricultura Regenerativa. O evento integra a programação do World Food Day Americas, que tem como foco a discussão sobre sistemas agroalimentares mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis sob quatro pilares: Melhor Produção, Melhor Nutrição, Melhor Meio Ambiente e uma Vida Melhor.
“Essa é uma oportunidade de apresentarmos o que a Epamig vem fazendo no que refere aos temas centrais evento, Bioinsumos e Agricultura Regenerativa. Aquelas práticas diretamente focadas no aumento da eficiência do controle biológico natural em campo, como as agroflorestas, o uso de coberturas verdes e o manejo de plantas espontâneas. Práticas que restauram a biodiversidade que foi eliminada nos monocultivos convencionais e que são baseadas na natureza e no estudo das interações ecológicas entre as plantas, herbívoros e inimigos naturais”, destaca a pesquisadora.
O World Food Day Americas será totalmente on-line. As inscrições gratuitas podem ser feitas no site. A abertura oficial será na quinta-feira, 14 de outubro, às 8h. A programação prossegue com painéis sobre meio ambiente, nutrição, produção e qualidade de vida. No dia 15 de outubro, as discussões sobre bioinsumos acontecem a partir de 8h30. Os debates sobre agricultura regenerativa, com participação da pesquisadora Madelaine Venzon, terão início às 14h.
Controle alternativo de pragas e doenças
O cultivo sustentável e a busca pela proteção da biodiversidade têm sido cada vez mais frequentes nas práticas agrícolas. Na Epamig, as pesquisas com o controle biológico conservativo de pragas do cafeeiro, por meio da diversificação estratégica de plantas nos cultivos de café, tiveram início há cerca de 20 anos e têm se expandido para outras culturas.
“Além dos efeitos na redução de pragas, essas técnicas agregam outros serviços ecossistêmicos como polinização, melhora da qualidade biológica e estrutural do solo, microclima favorável aos cultivos, estoque de carbono, entre outros. Esses serviços levarão a um maior valor agregado do café produzido que, aliado à redução ou mesmo futura eliminação do uso de agrotóxicos, contribuirão significativamente para uma cafeicultura regenerativa”, aponta Madelaine Vezon.
As estratégias propostas e os resultados dessas pesquisas estão relatados no artigo Agro-Ecological Management of Coffee Pests in Brazil, publicado recentemente pela pesquisadora na Revista Frontiers in Sustainable Food Systems.
O assunto também será abordado no 5º Workshop Controle Alternativo de Pragas e Doenças, que a Epamig, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), realizará entre os dias 26 e 28 de outubro. O evento on-line contará com painéis temáticos sobre Manejo de Pragas, Manejo de Doenças, e Mercado e uso de Biopesticidas, além de sete cursos gratuitos. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site.