No dia 22 de setembro, às 13h, na sede da Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), acontece um evento técnico estruturado pelo Conselho Nacional do Café (CNC), que receberá cafeicultores e técnicos. O encontro foi pensado para minimizar uma das principais dificuldades dos produtores nos últimos anos, já que a contratação de mão-de-obra safrista, ou seja, de trabalhadores temporários, tem sido um grande desafio. Muitos trabalhadores rurais deixam de participar da colheita de café por terem receio de perderem o Auxílio Brasil, suporte oferecido para os cidadãos considerados em situação de pobreza ou de extrema pobreza.
O evento é apoiado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e apresentado pelos Ministérios do Trabalho e Previdência (MTP) e da Cidadania (MDS), a fim de explanar sobre a contratação de mão-de-obra rural temporária e sua relação com o Programa Auxílio Brasil. O Programa do MTP, “Trabalho Sustentável”, tem por objetivo promover a conduta empresarial responsável e o trabalho decente, a partir de uma estratégia de atuação proativa, preventiva e saneadora, impulsionando o diálogo social, setorial e interinstitucional e as mudanças na NR-31.
O Conselho Nacional do Café (CNC) tem atuado desde 2020 para que essa situação seja resolvida, promovendo reuniões e audiências com o governo brasileiro. Desde o primeiro momento, o Ministério do Trabalho e Previdência recebeu os representantes do Conselho, acompanhados por técnicos da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O Ministério da Cidadania, que é o gestor do Auxílio Brasil, também participou do processo de discussão da situação.
A primeira palestra ocorrerá no Sul de Minas, mas a intenção é de que mais regiões produtoras de café recebam as equipes do Ministério da Cidadania e do Trabalho, que vão explicar de forma detalhada a melhor maneira de promover a contratação temporária e suas implicações.
“O CNC e a OCB estão trabalhando em conjunto com o Ministério do Trabalho e Previdência e com o Ministério da Cidadania, para conscientizar os trabalhadores rurais e produtores agrícolas a respeito da formalização adequada da contratação de prestadores de serviço. Estamos na expectativa de alavancar essa discussão, ao passo que encontramos no MTP e no MDS, técnicos versados no tema. Foi longa a caminhada, mas cremos que a safra 2022/2023 terá um desafio a menos com a abordagem que as equipes dos Ministérios farão nesses encontros”, explica Silas Brasileiro, presidente do CNC.
As informações são do CNC.