Ao longo dos anos, a Epamig realiza estudos sobre o controle biológico das pragas nos cafezais, mais especificamente da broca-do-café, com foco no aumento das populações de tripés predadores, insetos da ordem Thysanoptera.
A broca-do-café (Hypothenemus hampei) é uma das principais pragas dos cafeeiros e afeta a qualidade e o rendimento de grãos de mais de 20 milhões de produtores em cerca de 80 países. As larvas consomem as sementes dentro dos frutos. Por se tratar de uma praga que vive no interior dos frutos, seu controle é ainda mais difícil.
De acordo com Madelaine Venzon, pesquisadora da Epamig, a necessidade de desenvolver novas estratégias para integrar medidas de controle da broca-do-café é imprescindível. Segundo ela, que conduz trabalhos sobre controle biológico conservativo na empresa, o uso do tripes predador é uma medida inovadora na luta contra a praga.
O inseto foi encontrado se alimentando da broca-do-café em plantas de Ingá da Zona da Mata mineira. “Por se tratar do primeiro relato do gênero no continente americano, nosso trabalho consiste em uma série de experimentos para aumentar a incidência do predador Trybomia sp. nos parques cafeeiros”, destaca Madelaine.
De 17 a 21 de agosto ocorrerá o 1° Simpósio Brasileiro de Thysanoptera (SBT), que reunirá estudantes, profissionais e pesquisadores interessados nas discussões acerca dos Thysanoptera. O objetivo do evento é dar oportunidade para o compartilhamento de experiências, conhecimentos e soluções para a questão dos tripes no Brasil. O simpósio será totalmente online e a programação será divulgada em breve. Para se inscrever, clique aqui.
Madelaine será uma das palestrantes do evento e falará de sua pesquisa sobre controle biológico e o uso do tripes predador Trybomia sp. no manejo da broca-do-café. Segundo uma das coordenadoras, a professora Elisa Miyasato, a expectativa é de que o Simpósio contribua para o avanço das pesquisas no País. “Um evento como esse possibilita a socialização de conhecimentos construídos por estudiosos em tempos e espaços diferentes, bem como estimula novas pesquisas para a formação de uma visão mais integrada da ciência”, pontua.
As informações são da Ascom Epamig.