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Foi assinado convênio de cooperação técnica e financeira entre a Embrapa Café e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais – Emater-MG para promover o desenvolvimento qualificado e a excelência em gestão da atividade cafeeira nas regiões produtoras mineiras. O convênio irá beneficiar 2.750 produtores, especialmente de pequeno e médio porte, e suas associações/cooperativas em 126 municípios do Estado, por meio da capacitação de extensionistas da Emater-MG em tecnologias desenvolvidas pelo Consórcio Pesquisa Café.
A iniciativa do convênio tem motivação de ordem econômico-social. A propósito da pujança da produção de café em Minas Gerais – o estado maior produtor -, com cerca de 24 sacas/ha de produtividade, esses números estão aquém do potencial esperado para o estado. O patamar mínimo aceitável, na opinião de especialistas, para assegurar a sustentabilidade econômica é de pelo menos 35 sacas/ha de produtividade nas explorações de sequeiro. Além do incremento da produção, espera-se que a parceria entre as instituições agregue qualidade ao produto, renda aos produtores e oferta de mão-de-obra.
Segundo a Emater-MG, o estado de Minas Gerais possui o maior parque cafeeiro (1.247,11 mil hectares) do País e responde por mais de 51% da produção brasileira de café. O avanço tecnológico já obtido nos últimos anos na pesquisa cafeeira e sua aplicação permitiu o aumento de aproximadamente 71% na produção com apenas 14,5% na área plantada. O agronegócio café em Minas Gerais, que tem mais de 1 milhão de hectares plantados, gera mais de 4 milhões de empregos diretos e indiretos, o que mostra sua importância não só econômica, mas também social para o Brasil.
Segundo o diretor técnico da Emater-MG, José Rogério Lara, o modelo de desenvolvimento que se está buscando é sustentável econômico, social e ambientalmente. “O produtor de café, especialmente o pequeno, público prioritário desse projeto, se não tiver produção acima de 30 sacas/ha, com qualidade e, se possível, certificada, não sobreviverá no mercado.
A manutenção de corpo técnico atualizado e em condições de repassar tecnologias adaptadas às necessidades dos produtores e de sua região, bem como compatíveis com as exigências crescentes do mercado, faz a diferença. Estamos muito motivados e empolgados com o trabalho e conscientes da responsabilidade de ser realizado com a devida excelência. Também estamos honrados por sermos parceiros da Embrapa e certos de que obteremos sucesso no incremento da produção com qualidade, sustentabilidade e mais renda para a atividade cafeeira”.
Para o gerente-geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, o Consórcio está fortalecendo a parceria com a Emater-MG neste projeto piloto, que deverá servir de modelo para ações estratégicas em outros estados. Além disso, as ações previstas no convênio estão em sintonia com as diretrizes de planejamento da Embrapa. “O convênio se insere nas estratégias prioritárias do Plano Diretor da Empresa, especialmente nas relativas à transferência de tecnologia, que visam a garantir a competitividade e a sustentabilidade do agronegócio café e da agricultura brasileira como um todo”.
A expectativa é de que a cooperação também amenize a discrepância de rentabilidade entre as grandes propriedades produtoras e as pequenas e médias. “O trabalho em conjunto com empresas públicas de assistência técnica torna as tecnologias mais acessíveis aos produtores, independentemente do volume produzido, gerando grande impacto social na atividade cafeeira”, completa Bartholo.
Metodologia e números
Serão realizadas 08 capacitações para cerca de cem extensionistas da Emater-MG em tecnologias de produção. Os treinamentos serão realizados pelos coordenadores da Emater–MG em parceria com o corpo técnico especializado do Consórcio Pesquisa Café. Os cursos terão carga horária de 32 horas, com participação média de 42 extensionistas por edição. Serão orientados 2.750 produtores de café, sendo que cada um terá, no mínimo, três assistências técnicas, totalizando 8.250.
Entre os temas a serem abordados estão formação de viveiros; plantio; condução da lavoura; nutrição; fitossanidade; irrigação; adubação orgânica; manejo de plantas invasoras; colheita; pós-colheita; manejo sustentável e gestão da propriedade. Serão produzidos materiais didáticos para extensionistas e produtores. Ao final, trinta técnicos participantes do projeto serão selecionados para participar do VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, que irá ocorrer em setembro deste ano em Vitória da Conquista, Bahia. O evento é uma realização do Consórcio Pesquisa Café a cada dois anos.
O gerente da Divisão de Programas da Emater-MG, Leonardo Brumano Kalil, destaca a importância estratégica da parceria. “O convênio vai fortalecer as ações de assistência técnica e extensão rural ao permitir mais planejamento e, consequentemente, efetivos resultados. Além disso, vai incrementar o nível de profissionalização da rede a partir da ampliação dos conhecimentos técnicos e científicos da atividade.
O convênio conta com apoio financeiro do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira - Funcafé, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, e da Emater -MG.
Consórcio Pesquisa Café
Maior programa mundial de pesquisas de café, coordenado pela Embrapa Café. Essa rede integrada de pesquisa reúne instituições brasileiras de pesquisa, ensino e extensão estrategicamente localizadas nas principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva à interação entre as instituições e a união de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais, que permitem desenvolver projetos inovadores. A evolução da cafeicultura brasileira, ao longo dos últimos 15 anos, comprova a importância dos trabalhos de pesquisa.
Esse arranjo institucional atua em todos os segmentos da cadeia produtiva, tendo por base a sustentabilidade, a qualidade, a produtividade, a preservação ambiental, o desenvolvimento e o incentivo a pequenos e grandes produtores. Hoje reúne mais de 700 pesquisadores de cerca de 40 instituições desenvolvendo 74 projetos com 355 planos de ação.
Criado por iniciativa de dez instituições ligadas à pesquisa e ao café: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Instituto Agronômico - IAC, Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro - Pesagro-Rio, Universidade Federal de Lavras - Ufla e Universidade Federal de Viçosa - UFV.
Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
Texto: Flávia Bessa – MTb 4469/DF
Fone: (61) 3448-1927
Site: www.embrapa.br/cafe
www.consorciopesquisacafe.com.br
A iniciativa do convênio tem motivação de ordem econômico-social. A propósito da pujança da produção de café em Minas Gerais – o estado maior produtor -, com cerca de 24 sacas/ha de produtividade, esses números estão aquém do potencial esperado para o estado. O patamar mínimo aceitável, na opinião de especialistas, para assegurar a sustentabilidade econômica é de pelo menos 35 sacas/ha de produtividade nas explorações de sequeiro. Além do incremento da produção, espera-se que a parceria entre as instituições agregue qualidade ao produto, renda aos produtores e oferta de mão-de-obra.
Segundo a Emater-MG, o estado de Minas Gerais possui o maior parque cafeeiro (1.247,11 mil hectares) do País e responde por mais de 51% da produção brasileira de café. O avanço tecnológico já obtido nos últimos anos na pesquisa cafeeira e sua aplicação permitiu o aumento de aproximadamente 71% na produção com apenas 14,5% na área plantada. O agronegócio café em Minas Gerais, que tem mais de 1 milhão de hectares plantados, gera mais de 4 milhões de empregos diretos e indiretos, o que mostra sua importância não só econômica, mas também social para o Brasil.
Segundo o diretor técnico da Emater-MG, José Rogério Lara, o modelo de desenvolvimento que se está buscando é sustentável econômico, social e ambientalmente. “O produtor de café, especialmente o pequeno, público prioritário desse projeto, se não tiver produção acima de 30 sacas/ha, com qualidade e, se possível, certificada, não sobreviverá no mercado.
A manutenção de corpo técnico atualizado e em condições de repassar tecnologias adaptadas às necessidades dos produtores e de sua região, bem como compatíveis com as exigências crescentes do mercado, faz a diferença. Estamos muito motivados e empolgados com o trabalho e conscientes da responsabilidade de ser realizado com a devida excelência. Também estamos honrados por sermos parceiros da Embrapa e certos de que obteremos sucesso no incremento da produção com qualidade, sustentabilidade e mais renda para a atividade cafeeira”.
Para o gerente-geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, o Consórcio está fortalecendo a parceria com a Emater-MG neste projeto piloto, que deverá servir de modelo para ações estratégicas em outros estados. Além disso, as ações previstas no convênio estão em sintonia com as diretrizes de planejamento da Embrapa. “O convênio se insere nas estratégias prioritárias do Plano Diretor da Empresa, especialmente nas relativas à transferência de tecnologia, que visam a garantir a competitividade e a sustentabilidade do agronegócio café e da agricultura brasileira como um todo”.
A expectativa é de que a cooperação também amenize a discrepância de rentabilidade entre as grandes propriedades produtoras e as pequenas e médias. “O trabalho em conjunto com empresas públicas de assistência técnica torna as tecnologias mais acessíveis aos produtores, independentemente do volume produzido, gerando grande impacto social na atividade cafeeira”, completa Bartholo.
Metodologia e números
Serão realizadas 08 capacitações para cerca de cem extensionistas da Emater-MG em tecnologias de produção. Os treinamentos serão realizados pelos coordenadores da Emater–MG em parceria com o corpo técnico especializado do Consórcio Pesquisa Café. Os cursos terão carga horária de 32 horas, com participação média de 42 extensionistas por edição. Serão orientados 2.750 produtores de café, sendo que cada um terá, no mínimo, três assistências técnicas, totalizando 8.250.
Entre os temas a serem abordados estão formação de viveiros; plantio; condução da lavoura; nutrição; fitossanidade; irrigação; adubação orgânica; manejo de plantas invasoras; colheita; pós-colheita; manejo sustentável e gestão da propriedade. Serão produzidos materiais didáticos para extensionistas e produtores. Ao final, trinta técnicos participantes do projeto serão selecionados para participar do VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, que irá ocorrer em setembro deste ano em Vitória da Conquista, Bahia. O evento é uma realização do Consórcio Pesquisa Café a cada dois anos.
O gerente da Divisão de Programas da Emater-MG, Leonardo Brumano Kalil, destaca a importância estratégica da parceria. “O convênio vai fortalecer as ações de assistência técnica e extensão rural ao permitir mais planejamento e, consequentemente, efetivos resultados. Além disso, vai incrementar o nível de profissionalização da rede a partir da ampliação dos conhecimentos técnicos e científicos da atividade.
O convênio conta com apoio financeiro do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira - Funcafé, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, e da Emater -MG.
Consórcio Pesquisa Café
Maior programa mundial de pesquisas de café, coordenado pela Embrapa Café. Essa rede integrada de pesquisa reúne instituições brasileiras de pesquisa, ensino e extensão estrategicamente localizadas nas principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva à interação entre as instituições e a união de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais, que permitem desenvolver projetos inovadores. A evolução da cafeicultura brasileira, ao longo dos últimos 15 anos, comprova a importância dos trabalhos de pesquisa.
Esse arranjo institucional atua em todos os segmentos da cadeia produtiva, tendo por base a sustentabilidade, a qualidade, a produtividade, a preservação ambiental, o desenvolvimento e o incentivo a pequenos e grandes produtores. Hoje reúne mais de 700 pesquisadores de cerca de 40 instituições desenvolvendo 74 projetos com 355 planos de ação.
Criado por iniciativa de dez instituições ligadas à pesquisa e ao café: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Instituto Agronômico - IAC, Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro - Pesagro-Rio, Universidade Federal de Lavras - Ufla e Universidade Federal de Viçosa - UFV.
Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
Texto: Flávia Bessa – MTb 4469/DF
Fone: (61) 3448-1927
Site: www.embrapa.br/cafe
www.consorciopesquisacafe.com.br
