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Commodities agrícolas

WAGNER PIMENTEL

EM 25/05/2010

7 MIN DE LEITURA

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25/05 06:21 Commodities agrícolas

Efeito do dólar.
O avanço do dólar fez os futuros de açúcar recuarem mais uma
vez na bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em outubro fechou em 15,55
centavos de dólar a libra-peso, retração de 33 pontos em relação ao pregão de
sexta-feira. Segundo a Bloomberg, a queda foi a maior em mais de uma semana e
foi provocada a partir da percepção de que a alta da moeda americana tende a
diminuir a atratividade de algumas commodities como alternativa de
investimento. O euro recuou 1,8% contra o dólar depois que o Banco da Espanha
assumiu o controle de um banco regional em dificuldades. Neste ano, as cotações
do açúcar em Nova York já acumulam queda de 44% segundo a Bloomberg. No mercado
interno, a saca de 50 quilos do cristal fechou em alta de 0,84% a R$ 41,04,
segundo o Cepea/Esalq.

Realização de lucros.
Os futuros de suco de laranja caíram ontem na bolsa de
Nova York com movimento de realização de lucros. Os contratos com vencimento em
julho fecharam em US$ 1,449 a libra-peso, 180 pontos. Segundo a Bloomberg, o
declínio foi o maior desde 22 de abril. Entre 6 e 21 de maio o preço da
commodity avançou 8,9%, de acordo com a Dow Jones Newswires, grande parte, por
causa de notícias de que os pomares de laranja do Brasil irão ser os menores em
sete anos, graças ao clima adverso e à ocorrência de doenças. Outra razão,
segundo analistas ouvidos pela Dow Jones, é a de que os traders fizeram compras
antecipadas ao início da estação de furacões no Atlântico, que vai de junho até
30 de novembro. No mercado interno, a caixa da laranja pêra in natura fechou em
R$ 14,13 , segundo o Cepea/Esalq.

Demanda chinesa .
Especulações de que a demanda da China pode aumentar fizeram
com que as cotações do milho subissem ontem na bolsa de Chicago. Os papéis para
setembro encerraram o pregão a US$ 3,80 o bushel, alta de 3,25 centavos de
dólar. De acordo com a Bloomberg, a China pode precisar de mais grãos dos
Estados Unidos "em larga escala" para reduzir seus preços domésticos, caso sua
colheita caia neste ano, após o atraso no plantio de primavera. A China, maior
produtor mundial de carne suína, está permitindo a importação privada de 2,8
milhões de toneladas de milho neste ano. No mercado interno, a saca de 60
quilos do milho continua estável em R$ 7 em Lucas do Rio Verde (MT), segundo o
Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola, órgão ligado à Famato.

Movimento técnico.
Os preços do trigo iniciaram a semana com forte queda na
bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em setembro fecharam o pregão de
ontem cotados a US$ 4,85 por bushel, queda de 4,25 centavos. Analistas disseram
que os preços foram pressionados no início do dia pela valorização do dólar no
mercado internacional. A queda só não foi maior porque os mercados da soja e do
milho chegaram a operar em alta ao longo do dia e deram uma pequena
contribuição ao trigo, segundo a Dow Jones Newswires. Analistas disseram que
apesar da queda, o mercado está sobrevendido e os preços estão próximos dos
limites de baixa. No mercado interno, a saca de trigo foi negociada ontem a R$
23,26 no Paraná, queda de 1,02%, segundo informações do Deral.


Oeste baiano já supera os EUA em produtividade
Safra rende 52 sacas de soja e 270 arrobas de algodão por hectare; americanos colhem 48,5 e 160, respectivamente
Norte-americanos ainda colhem mais milho: 170 sacas ante 145; mas isso vai durar pouco tempo, diz produtor brasileiro
Há 26 anos, sem novas opções de terras no Paraná, Walter Horita trocou a região pelo oeste baiano. Uma atitude considerada ousada pelos vizinhos. Longe de tudo e sem estradas adequadas, os desafios da nova região começaram logo cedo.
Acostumado às terras férteis do Paraná, Horita amargou uma produção de apenas 14 sacas de soja por hectare na primeira safra plantada. Um desastre para o bolso.
Hoje, Horita cultiva 42 mil hectares com soja, milho e algodão. Quando as máquinas encerraram a colheita neste ano, ele constatou a produção de 62 sacas de soja e 196 de milho por hectare.
A colheita de algodão está começando e ele espera 330 arrobas por hectare. "Estamos com uma produtividade bem acima da dos Estados Unidos", diz Horita.
A produção de Horita não está muito distante da média do oeste baiano, mas está acima dos padrões da região. Motivo: ele não mede esforços na utilização de novas tecnologias à disposição.
O oeste baiano produz 52 sacas de soja, 145 de milho e 270 arrobas de algodão por hectare. Os norte-americanos colhem 48,5 sacas de soja e 160 arrobas de algodão.
No milho, ao produzirem 170 sacas por hectare, ainda superam os baianos. "Mas isso [o ganho no milho dos norte-americanos] vai durar pouco tempo", diz Horita.

NOVAS PRÁTICAS
O segredo para uma produção elevada passa pelo uso intensivo de novas práticas na lavoura e utilização de insumos e de equipamentos de última geração.
Além disso, o produtor deve estar à frente dos livros e da literatura agrícola, diz ele.
Para Horita, o produtor deve fazer experimentos em sua terra, buscar coisas novas e estar apto a, se necessário, fazer mudanças rápidas na cultura para garantir maior produtividade.
Ele destaca, no entanto, a necessidade da presença de um bom agrônomo nesse processo produtivo.
O acesso à tecnologia exige recursos, o que poderia tirar os produtores de pequeno porte desse processo.
Horita diz que a inovação tecnológica estará à disposição dos produtores de pequeno e médio portes se eles se reunirem em grupos para comprar insumos e máquinas e para a comercialização.
"A agricultura moderna exige a utilização de agroquímicos, melhoramento genético e equipamentos eficientes", afirma Horita.
A vantagem é que a concorrência entre os fornecedores de insumos é grande e a cada safra eles desenvolvem produtos cada vez mais eficientes, acrescenta.
Isso leva, no entanto, a uma perda de rusticidade e ao aumento da fragilidade das plantas, o que exige custos fitossanitários maiores. Essa elevação de custos será compensada pelo aumento da produtividade, diz ele.
A região distante, e de pouca atração há três décadas, hoje está na mira até de investidores estrangeiros.
Com o valor de um hectare vendido no Paraná, Horita comprava 50 no oeste baiano na década de 1980. Hoje, compra apenas dois.


Setor de frango já sente efeitos da crise grega
A crise grega, que se espalhou também por outros países da Europa, começa a afetar o Brasil. Um dos principais setores de exportação, o de frango, já sente a retração das vendas neste ano.
É o que deverá mostrar os dados da Ubabef (União Brasileira de Avicultura) a serem divulgados hoje.
Os europeus compraram 15% menos frango dos brasileiros nos quatro primeiros meses deste ano em relação a igual período anterior.
Na avaliação dos europeus, essa queda foi provocada pela crise grega, que está freando o consumo interno.
Francisco Turra, presidente-executivo da Ubabef, não descarta, porém, uma busca de proteção do mercado.
Para proteger os produtores locais, os europeus criaram medidas unilaterais e querem adotar um novo sistema de cotas.
Produtores e exportadores brasileiros estudam medidas contra eles na OMC (Organização Mundial do Comércio).
O mercado europeu é importante para o Brasil. Serve de passaporte para outros mercados. Foi assim com a China, que não teve dificuldades em aprovar os frigoríficos já habilitados para exportar para a Europa, diz Turra.
Se a União Europeia tenta criar barreiras, os brasileiros apostam ainda mais no mercado russo, que impôs restrições ao frango dos EUA.
Além disso, Turra diz que o produto brasileiro está ganhando bom espaço em países asiáticos e africanos, depois que a indústria nacional teve de buscar novos parceiros devido à crise de 2008.
O setor de carne bovina ainda não sentiu nos números a queda de embarques para a União Europeia, mas isso deve ocorrer a partir da segunda quinzena de junho, segundo Otávio Cançado, da Abiec (associação do setor).
Já os exportadores de suínos, devido à concentração de vendas à Rússia, estão otimistas com 2010, diz Pedro Camargo Neto, da Abipecs.

Ambiente Os últimos anos dos produtores do oeste baiano foram de estudos da teia de legislação sobre o assunto e embates acirrados com órgãos reguladores.

Livres Feito um acordo, em três anos os produtores esperam fazer um plantio totalmente dentro das normas acertadas com esses órgãos estaduais e federais.

Sem promoção A devolução de US$ 0,54 por galão (3,785 litros) de combustível que a Unica promoveria hoje em Washington (EUA) foi cancelada pelos postos.

Taxa O valor corresponde à taxa que os EUA impõem à importação do álcool. Joel Velasco diz que a Unica (associação das usinas) continuará buscando um mercado aberto e competitivo.

Cobre O metal está em baixa. Além de o mercado já ter assimilado os efeitos do terremoto no Chile neste ano, a crise econômica iniciada na Grécia desacelerou a demanda pelo metal.

Aqui... O excesso de chuva durante a colheita de trigo no ano passado dificultou a produção de sementes de qualidade no Brasil. Por isso, alguns produtores resolveram não plantar o cereal.

...e lá Na Argentina, a falta de sementes de qualidade ocorreu devido à seca do ano passado, que afetou a produção. O governo liberou o uso de semente não certificada para o plantio desta safra.

TRIGO EUA compram do brasil para fazer ração
O Brasil exportou 1,1 milhão de toneladas de janeiro a abril. Dessas, 220 mil foram enviadas aos Estados Unidos. As vendas são de trigo de baixa qualidade, destinado à fabricação de ração. O governo do Brasil pagou o equivalente a US$ 295 por tonelada. O produto foi, depois, exportado por US$ 155.

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