Foi desenvolvida uma haste subsoladora, acoplada a um pequeno trator de esteira, para facilitar a abertura do local de plantio de café. O conjunto pode operar em áreas declivosas e resulta em grande economia de mão-de-obra.
A cafeicultura de montanha no Brasil ocupa cerca de 600 mil hectares, sendo importante geradora de renda e empregos nas propriedades e nas regiões produtoras. Um dos problemas dessa cafeicultura é a dificuldade de mecanizar as práticas necessárias nas lavouras de café, seja na implantação do cafezal, seja nos tratos culturais anuais.
Um primeiro sistema, para facilitar os tratos em cafezais de montanha, consistiu no microterraceamento nas ruas da lavoura, abrindo caminhos mais planos por onde podem transitar tratores estreitos com seus implementos. Faltava, em complemento, viabilizar o sulcamento da lavoura, para o plantio, na porção do terreno declivoso, entre os dois terraços.
O sistema agora desenvolvido usa um pequeno trator de esteira, da marca Komatsu, modelo D21, com 4..100 kg, com potência de 40 HP e largura de 1,61 m. A haste subsoladora tem 60 cm de altura, sendo acoplada na traseira do trator. Normalmente ele passa duas vezes, indo e voltando no mesmo lugar, para abrir e aprofundar bem. O rendimento médio é de cerca de 4 h por hectare, variando com o espaçamento e a declividade. Pode operar, andando de lado, em nível, em declives de até 35-40%. No caso de declives mais fortes, pode dar uma pequena laminada no local e depois passar subsolando. O custo médio é de cerca de R$ 1.200 por ha.
As figuras abaixo mostram o detalhe do trator usado e de sua operação na abertura de local de plantio de café:
À esquerda, detalhe do trator de esteira usado, de pequeno porte e estreito, sendo o mesmo modelo que abre micro terraços nas ruas, isto usando a lâmina dianteira. À direita, detalhe de sua operação com a haste subsoladora atrás para abrir o local de plantio
Trator operando na abertura de sulco, com haste subsoladora, em terreno com declive