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Topos dos cafeeiros precisam ser mais protegidos do ataque de bicho mineiro

POR JOSÉ BRAZ MATIELLO

FOLHA PROCAFÉ

EM 26/05/2021

2 MIN DE LEITURA

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A parte alta, o topo ou ponteiro dos cafeeiros tem sido a área de folhagem mais danificada pelo ataque do bicho mineiro. Por isso, precisa ser protegida de forma mais cuidadosa com as pulverizações inseticidas.

Nas regiões cafeeiras com ambiente mais quente e seco, o bicho mineiro se constitui numa praga severa, causando desfolhas das plantas, prejudiciais ao desenvolvimento e produtividade dos cafezais. Nessas regiões, o controle do bicho mineiro precisa ser feito de forma sistemática, combinando tratamentos de efeito preventivo, na modalidade de produtos inseticidas via solo, com aplicações foliares complementares em pulverização.

No campo, observando o ataque do bicho mineiro nas lavouras, fica logo evidente que a praga ataca bastante o topo das plantas, isto se devendo ao maior nível de insolação e calor nessa área da planta. Também, na parte alta, ocorre maior stress hídrico, seja pela maior temperatura, seja pela maior dificuldade da água chegar até ela. Lavouras muito abertas, pela mesma razão de insolação, são mais atacadas.

Por outro lado, o ponteiro dos cafeeiros não vem sendo bem atingido pela calda inseticida, aplicada na pulverização, pois os turbo-atomizadores tratorizados têm bom volume de ar e ângulos de penetração das gotas nas plantas, porém, em cafeeiros de maior porte, este ângulo de direcionamento das gotas não é capaz de atingir adequadamente o topo das plantas.

Deste modo, nas pulverizações para o controle do bicho mineiro, deve-se verificar se está havendo deposição apropriada de calda inseticida no topo dos cafeeiros. Caso seja necessário, naquela condição de lavoura, especialmente nas plantas altas, deve ser feita adaptação no pulverizador, colocando duas saídas laterais da calda pressurizada e, com mangueiras, conectar pequenas barras em forma de L invertido providas de bicos, para aplicar a calda, de cima para baixo, sobre o topo das plantas. Esses bicos devem ser de maior vazão e de gotas grandes para evitar deriva. Essas barras são mais importantes em pulverizadores com turbinas mais baixas. Tomar cuidado quando tiver galhos tombados, pois podem danificar as barras.

De forma complementar, para aumentar a eficiência do controle do bicho mineiro, sempre que possível, usar maior volume de calda, especialmente nos produtos de “choque” e na aplicação via solo usar uma adaptação de peça dianteira (ver foto), para remover camada de folhas, aumentando o contato da calda com o solo. Ainda é vantajoso, em certos casos mais problemáticos, soprar as folhas para o meio da rua e trinchar, para eliminar pupas e, assim, reduzir os futuros adultos e sua nova oviposição.


Contraste entre o topo ou ponteiro de cafeeiros bem protegidos e enfolhados em relação a ponteiros desfolhados pelo ataque de bicho mineiro


O técnico mostra a diferença entre o topo de cafeeiro protegido (dir.) com o topo danificado pelo ataque do bicho mineiro


Adaptação em turbo atomizador tratorizado de duas barras laterais altas, com bicos superiores, para atingir melhor o topo dos cafeeiros


Adaptação de chapas na frente da barra aplicadora de produtos via solo para limpar a camada de folhas secas do chão e, assim, melhorar o contato com o solo e com as raízes absorventes

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JULIANA SOARES

MUTUM - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 02/06/2021

Boa noite, tenho 13 pés de cafe Arábia, no espaçamento de 2.5 por 1.2, gostaria de fazer o uso de esterco de galinha, gostaria de saber qual a quantidade por planta, e se posso tira uma adubação química, e qual adubo químico o esterco substitui?.

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