A esparramação do cisco, junto da arruação ou da própria colheita do café do chão, se mostra favorável e aumenta a produtividade dos cafeeiros.
A esparramação, assim como a arruação, é uma prática exclusiva da cafeicultura brasileira, sendo necessária em função da colheita por derriça, em uma ou poucas passadas. Com a espera pelo ponto certo da maturação dos frutos para a colheita, muitos frutos caem no chão, principalmente os secos no pé.
A arruação com o ajuntamento do cisco, composto de resíduos das plantas e das ervas, visa deixar o solo limpo para facilitar o recolhimento dos cafés caídos no chão.
Depois da colheita, é preciso esparramar o cisco, seja aquele enleirado pela arruação, ou aquele composto por novos resíduos resultantes do ajuntamento do café de varrição.
Diversos trabalhos de pesquisa mostram que, em áreas onde não se faz a esparramação, a fertilidade do solo fica concentrada no meio da rua da lavoura, onde fica a leira de resíduos. A esparramação, conduzindo esse material para junto da linha de cafeeiros, vai representar um adicional de nutrição, além de auxiliar na conservação da umidade junto às plantas.
A importância do retorno desses resíduos – mais conhecidos como cisco – para debaixo da linha de cafeeiros, tem sido pouco estudada, porém um trabalho recente mostra que, em três safras avaliadas, a média produtiva saltou de 35,2 scs/ha para 43,9 scs com a chegada do cisco, em experimento realizado em Araguari-MG (Santinato et alli, in- Anais do 42º CBPC, 2016, p. 121), portanto, com aumento de cerca de 25% favorável à prática conhecida como chegada mais dirigida do cisco.
Equipamento varre-tudo com rotação invertida (esq.) para esparramar o cisco que se encontra no meio da rua da lavoura (centro) e chegar para junto e debaixo da saia dos cafeeiros (dir.)