A cafeicultura de montanha vem renovando suas lavouras de café e, nessas novas áreas implantadas nos últimos anos, estão sendo adotadas, praticamente em todas, as variedades desenvolvidas pela Fundação Procafé.
A cafeicultura de montanha ocupa cerca de 700 mil hectares de lavouras, situadas, principalmente, na Zona da Mata de Minas e na região Serrana do Estado do Espírito Santo. Ela é responsável por cerca de 25% da produção brasileira de café, com safras anuais de 13 a 15 milhões de sacas. Nessas regiões, o café gera renda e empregos, em pequenas propriedades, nas vidas e nas cidades.
A variedade de café tradicional, plantada nas regiões de montanhas, é a catuaí: produtiva, mas suscetível à ferrugem – doença que causa desfolha das plantas e perda de produtividade nas lavouras.
Com base nas pesquisas realizadas pela Fundação, com ensaios implantados na Zona de Montanha, verificou-se que variedades do grupo catucaí, arara e acauã superam, em produtividade, a variedade catuaí, com as vantagens adicionais de resistência/tolerância à ferrugem e de boa qualidade de bebida.
Observações em campo, na região de montanha, mostram os bons resultados desses novos materiais genéticos e, por isso, os produtores vêm plantando apenas essas novas variedades, em substituição ao catuaí. Pode-se verificar lavouras, em todas as propriedades, com as variedades catucaí 785/15 (vermelho e amarelo), catucaí amarelo 24/137, catucaí amarelo 20/15 cv 479 e arara.
As fotos mostram o aspecto geral das lavouras de café na região de montanha do ES e exemplos de cafeeiros muito produtivos, do grupo catucaí e arara.
Vista geral de lavoura cafeeira na região de montanha em Ibatiba (ES), com variedades novas
Cafeeiros das variedades catucaí amarelo 20/15 cv 479 (esq.) e arara (dir.), em lavouras da região de montanha no ES. Os cafeeiros, na segunda safra, mostram alto vigor e boa produtividade - Ibatiba, mar/24