Como resultado a pesquisadora identificou vários avanços conquistados graças a pratica de planejamento e gestão necessária para o atendimento às normas da certificação, como por exemplo a criação de programas, projetos e ações voltadas ao atendimento a questões sociais, ambientais e de comercialização. Esses programas são formulados com a participação de todos os associados e seu acompanhamento é feito também com a participação de todos.
A associação, que atualmente conta com aproximadamente 70 associados, evoluiu em todos os aspectos. Destaque para a questão ambiental, ações realizadas para atender os critérios da FLO-CERT beneficiou além dos produtores associados, a própria comunidade local através da construção de caixa de contenção; manejo integrado, adequado e reduzido do uso de agroquímicos, educação ambiental para todos os associados por meio de cursos e treinamentos (inclusive de proteção individual e coletiva) preconizados em normas de segurança; gerenciamento de resíduos, construção de fossas sépticas; controle de análise das águas, cacimbas, conservação das nascentes, entre outras.
Segundo a pesquisadora, a Assodantas evolui também no aspecto social com integração dos associados à participação em tomadas de decisões da associação, conscientização das práticas sustentáveis do comércio justo, transparência nas deliberações. Além disso, também são destacados a não discriminação e aumento na participação das mulheres na associação, apoio a realização de eventos comunitários locais, capacitação de jovens e adultos, templo de oração, centro comunitário.
E para quem pensa que os ganhos da certificação FairTrade se resumem às dimensões social e ambiental, a pesquisa apontou que os próprios produtores ao serem questionados sobre os ganhos comerciais reconhecem que, graças ao comércio justo e a associação, o produtor passou a se preocupar com a melhoria da qualidade do café produzido, além de receber benefícios para aumentar a produção, tais como adubos e treinamentos. A pesquisa apontou, ainda, que as vendas dentro do sistema de comércio justo tem evoluído anualmente se tornando o principal mercado para os produtores a exportação de cafés com o selo FairTrade.
Andreza conclui que a manutenção da certificação pela Assodantas é fundamental para que os ganhos conquistados não se percam, principalmente a manutenção dos produtores unidos em associação. Para ler o trabalho da pesquisadora na íntegra, confira este link.