O grupo fez uma série de reuniões e visitas de campo na Mogiana e no Sul de Minas Gerais, as principais áreas produtoras de arábica, e também no Espírito Santo, o maior estado produtor de conilon/robusta do Brasil, e teve a oportunidade de assistir à colheita realizada com colheitadeiras mecânicas manuais em uma fazenda de arábica na Mogiana. Esta tecnologia torna o trabalho mais leve e muito mais produtivo com vantagens para ambos os lados: os produtores colhem em menos tempo e os colhedores recebem salários melhores já que são remunerados pelo volume colhido. A delegação acompanhou, também, todos os estágios da produção de café, incluindo benefício úmido e secagem na fazenda e benefício seco, e os três diferentes métodos de processamento usados no Brasil: natural, cereja descascado e despolpado. Os visitantes compreenderam os impactos de cada sistema na qualidade do café e no perfil da bebida durante visitas em fazendas pequenas e médias.
O programa seguiu com passagens interessantes na região de Espírito Santo do Pinhal. A delegação visitou a Pinhalense, líder mundial em fabricação de equipamentos para processar café, onde pôde ver as linhas de produção e montagem de máquinas como despolpadores, secadores rotativos e classificadores, e também teve a chance de conhecer os engenheiros do Departamento de Projetos, onde são desenhados pequenos, médios e grandes benefícios para a África, Ásia e América Latina. Outro local visitado foi a P&A, companhia que gerencia as exportações da Pinhalense para mais de 90 países, nos cinco continentes. Carlos Brando fez uma apresentação sobre o agronegócio café brasileiro. A viagem continuou na Cooxupé, maior cooperativa de café do Brasil com mais de 12.000 membros/produtores, 32 filiais em diferentes localizações e matriz, onde um laboratório analisa e classifica por volta de 1.500 amostras de café por dia em épocas de pico! O destaque da visita à Cooxupé foi o Complexo Japy, um dos maiores rebenefícios de café do mundo, totalmente automatizado e com capacidade para processar até 5 milhões de sacas de café por ano. O grupo ficou impressionado com a quantidade de café armazenado em big-bags (cada um contendo o equivalente a vinte sacas de 60 kg), e como o rebenefício do café e sua preparação para exportação são feitos sem contato manual. De fato, apenas encontramos alguns trabalhadores, uma dúzia no máximo, dentro do rebenefício.
No Espírito Santo, o grupo conheceu o Departamento de Café do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e participou de uma reunião técnica com diretores, pesquisadores e técnicos do instituto que tratou do conilon e do trabalho de pesquisa desenvolvido sobre as variedades produtivas e resistentes desta espécie de café, cuja produtividade média chega a 80 sacas por hectare. Pequenos produtores de conilon, altamente produtivos também foram visitados pelo grupo, para que suas conquistas fossem testemunhadas em primeira mão.
A empresa TravelBox também organiza viagens de brasileiros a outros países produtores e consumidores de café, aliando experiência em roteiros aos contatos da P&A.
*Maria Fernanda Peres Brando é hoteleira, pós-graduada em Marketing pela ESPM e com MBA pela FGV, e fundadora da TravelBox, empresa de consultoria para viagens e roteiros personalizados. Trabalhou por 7 anos na P&A, onde coordenava programas relacionados a marketing e consumo de café. Com mais de 25 países carimbados no passaporte, elabora roteiros criativos para destinos ao redor do mundo. Para consulta de serviços especializados em café, entrar em contato pelo e-mail: contato@travelbox.com.br, telefone/Whatsapp: +55 11 9 9738-8089, site: www.travelbox.com.br