Por Comunicação Rehagro
(Foto: Luiz Paulo Vilela)
Esse sintoma é do vírus da mancha anular, transmitido pelo Ácaro da mancha anular ou Ácaro da leprose(Brevipalpusphoenicis), que manifestam os sintomas nas folhas, ramos e frutos do cafeeiro. Nos últimos anos, os ataques mais severos têm sido associados a altas temperaturas (encurtam o ciclo do inseto), uso inadequado e excesso de inseticidas, que acarreta em morte dos inimigos naturais do ácaro. Além disso, a não identificação dos sintomas causados pelo vírus nas lavouras, provavelmente resultou em aumento da população do ácaro, devido a não realização do controle do inseto vetor, aumentando assim a pressão dessa praga e consequentemente transmissão do vírus.
Sintomas
Os sintomas nas folhas, são caracterizados por manchas cloróticas, geralmente em forma de anéis, abrangendo grande parte do limbo ou ao longo das nervuras (Reis, 2015).
(Foto: Luiz Paulo Vilela)
Nos frutos os sintomas são manchas amareladas em forma de anéis ou irregularidades deprimidas.
(Foto: Luiz Paulo Vilela)
Danos
Essa doença pode causar severa desfolha, reduzindo significativamente a fotossíntese das plantas, dessa forma, resultando em queda na produtividade do cafeeiro. Além disso, pode ocorrer queda acentuada de frutos, acarretando em aumento do café de varrição. Também é importante destacar, que os ferimentos causados pelo ácaro podem servir como porta de entrada de microrganismos que afetam a qualidade do café, como os fungos: Fusarium, Penicillium e Aspergillus. Por isso, é importante estar atento aos sintomas causados por essa doença, para que seja realizado o controle adequado do inseto vetor do vírus.
Controle
Após detectada a incidência do vírus da mancha anular nas lavouras, recomenda-se o controle do ácaro, visto que, esse inseto é o vetor do vírus, e na sua ausência não há a transmissão da doença. O controle é feito através da utilização de acaricidas como: Hexythiazox, Spirodiclofen, Cyflumetofen, pertencente aos grupos químicos: Carboxamida, Ketoenoles e Benzoilacetonitrila, que são registrados para o ácaro da mancha anular na cultura do café. Podem ser utilizados outros acaricidas registrados para o controle desse inseto vetor, salientando a importância de se rotacionar o modo de ação dos inseticidas utilizados, com o intuito de evitar a ocorrência de resistência.
Para a pulverização, é recomendada volumes de caldas superiores, de 600 a 1500 L/ha, de acordo com o porte e enfolhamento das plantas, sendo recomendada pelo menos duas aplicações para o controle do ácaro. Além disso, é importante que o uso de inseticidas que possam afetar a população de ácaros predadores sejam utilizados de forma racional, visando evitar desequilíbrios nas populações.