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Um café com a marca da ousadia

POR FREDERICO DE ALMEIDA DAHER

ESPAÇO ABERTO

EM 12/08/2009

2 MIN DE LEITURA

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O café conilon chegou ao Estado do Espírito Santo no bojo de uma grande crise sócio-econômica. Ao final dos anos 60 e início da década de 70, o Estado do Espírito Santo havia perdido 52% de sua área cafeeira pela erradicação governamental. Milhares de famílias tiveram que migrar para os centros urbanos, inchando suas periferias e até mesmo para outros estados da federação. O interior empobreceu e todas as tentativas feitas pelo abandono definitivo do café por outras culturas fracassaram.

Foi aí que surgiu, em São Gabriel da Palha, capitaneada pela então prefeito municipal Dário Martinelli, os primeiros viveiros e o plantio das primeiras lavouras do extraordinário café conilon. Rapidamente sua cultura expandiu-se, oportunizando, inclusive, o surgimento da Real Café Solúvel do Brasil, sustentáculo desse desenvolvimento inicial.

As resistências contra o conilon foram grandes (mais por desconhecimento do que por entendimento de suas virtudes). Independentemente de todos os óbices, a cafeicultura de conilon se expandiu e a produção avolumou-se a ponto de estarmos produzindo, hoje, mais de 8 milhões de sacas/ano.

Destaque-se, entretanto, que esse aumento vertiginoso da produção não foi por acaso, mas calcado num planejamento técnico-científico respeitável. Materiais genéticos de ponta foram e estão sendo selecionados ensejando o aumento significativo da produção com qualidade e produtividade.

Não satisfeito com todas estas conquistas, o setor público/privado do café conilon está priorizando os estudos para o estabelecimento de um PADRÃO BEBIDA que redundou em um trabalho de fôlego do CETCAF com a ABIC, onde 1.200 amostras de café conilon foram avaliadas e seus resultados apresentados no ENCAFÉ de Guarapari/ES em 2006.

Ali comprovou-se as características organolépticas do café conilon com notas na escala sensorial da ABIC que ultrapassaram a escala 8, inserindo o conilon na classificação de café gourmet. As conquistas não param por aí e novos materiais estão sendo estudados objetivando o alcance de marcas ainda maiores, na produtividade, na qualidade da bebida e no lançamento de cafés conilon puro com excepcional aceitação pelo mercado.

O setor de produção do café conilon não teme o futuro, está convencido do enorme espaço já conquistado e pretende caminhar para a conquista de horizontes ainda mais amplos.

Ressalte-se, por fim, que o café conilon cereja descascado já é uma realidade, com tendência de aumento meteórico de sua produção. Quanto à falácia de que se consegue produzir café conilon de baixo custo torna-se um atestado inequívoco de desconhecimento do setor. As novas tecnologias introduzidas aumentaram, em muito, a demanda por mão-de-obra, insumo cada vez mais oneroso no processo produtivo.

Outro equívoco, que de tanto ser repetido acaba tornando-se realidade é a questão da cafeína no conilon que, em casos extremos, chega a 2%, nada assim tão superior à cafeína contida no arábica, nos refrigerantes e no chá.

Em tempos de crise, "quando começa faltar o pão todo mundo briga e ninguém tem razão".

FREDERICO DE ALMEIDA DAHER

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FREDERICO DE ALMEIDA DAHER

VITÓRIA - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/08/2009

Prezado José Altino Machado Filho,

Os concursos de qualidade de conilon vem acontecendo com regularidade. Dias 16 e 17 de setembro próximo estaremos em São Gabriel da Palha no VI Simpósio Brasil Café Conilon e no VI Concurso Conilon de Excelência Cooabriel.

Convido o amigo para estar conosco nessa grande festa, onde poderemos conversar sobe outros concursos a serem implementados.

Abraço
FREDERICO DE ALMEIDA DAHER

VITÓRIA - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/08/2009

Prezado Francisco Sérgio Lange,

Na verdade estaremos melhor se estivermos juntos nessa caminhada em favor de uma cafeicultura brasileira mais valorizada.

Agradeço-lhe o contato.

Abraço
FREDERICO DE ALMEIDA DAHER

VITÓRIA - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/08/2009

Prezado José Adauto Almeida,

Agradeço-lhe o contato pelo CaféPoint.

Conilon classificado como gourmet?
Sim, sugiro uma visita ao site www.cetcaf.com.br, inclusive verificando os degustadores que participaram do estudo.

Quem ganha com essa classificação?
Todos (produtor, industrial, consumidor)
O produtor está sendo remunerado acima do mercado com 30% a mais por saca de 60kg beneficiada; o industrial, que tem a sua disposição um produto de excelente qualidade; o consumidor, que tem oportunidade de tomar um bom café (cada vez mais procurado).

Obrigado por não ser contra o conilon - o que revela sua sensibilidade, o que é inovador.

Não desejamos, isso não faz parte da nossa programação: desmitificar o arábica, muito pelo contrário. Na verdade estamos juntos nessa luta em favor de uma remuneação justa para o cafeicultor brasileiro.

Desejo muito sucesso em sua vida profissional.

Cordialmente,
JOSÉ ADAUTO DE ALMEIDA

MARUMBI - PARANÁ - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 20/08/2009

Conilon classificado como gourmet?

Quem ganha mais com essa classificação? Produtor, consumidor ou a indústria?

A indústria, a ABIC, o setor público e o setor privado, deveriam informar melhor o consumidor qual a mistura(porcentagem) que realmente existe dentro dos "saquinhos" de café torrado e moído que estão nas gôndolas dos mercados, as diferenças entre arábica e robusta, para não serem "conduzidos" para este ou aquele produto como se fosse um "novo milagre".

Não sou contra o conilon. Concordo plenamente que ele tem muitas qualidades organolépticas, grande quantidade de sólidos solúveis (ideal para as indústrias de solúveis), um custo de produção mais baixo, só não dá para comparar aroma e sabor com o arábica.
JOSÉ ALTINO MACHADO FILHO

LINHARES - ESPÍRITO SANTO - PESQUISA/ENSINO

EM 17/08/2009

Congratulações ao colega por suas palavras. Precisamos nos apoiar e difundir mais os concursos de qualidade. Agendaremos esta conversa.

Abraços.
FRANCISCO SÉRGIO LANGE

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO

EM 14/08/2009

Caro companheiro,

Vamos todos morrer abraçados. Esta é a estratégia da ABIC. Ela quer café barato e facil. Dar nota 8 num conilon e 8 num arábica, realmente é tudo a mesma coisa e sabe por quê?

Porque para a ABIC não é café o que importa e sim, dinheiro. Beber café hoje não traz prazer algum, pois seu gosto está muito amargo.

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