Por Rafael Pons*
Há mais de 150 anos o Brasil detém o posto de maior produtor de café. Nesse um século e meio, a produtividade da cultura avançou, em grande parte, por conta das tecnologias em proteção de cultivo. Hoje, 14 de abril, foi criada a data do Dia Mundial do Café, e por isso, vale destacar não só o reconhecimento internacional do sabor do café brasileiro - o melhor grão do planeta-, mas também as soluções e tecnologias que, evoluindo constantemente, protegem as lavouras de problemas fitossanitários e contribuem para a produção e rentabilidade do cafeicultor brasileiro.
Mas afinal, como a proteção de cultivos contribui para o protagonismo da produção nacional de café? Para responder à questão, voltemos ao início do cultivo do grão no Brasil, por volta de 1727. Na época, os problemas das lavouras estavam relacionados à adaptação da cultura ao clima e solo brasileiros, as formas de cultivo e alguns casos fitossanitários.
A primeira grande “dor de cabeça” do cafeicultor apareceu em 1869: o bicho mineiro, nome popular da Leucoptera Coffeella, que até hoje ataca as plantações e causa prejuízo aos produtores. Já, em 1970 foi a vez da ferrugem, a Hemileia vastatrix “dar as caras” pela primeira vez no Brasil. A doença já tinha destruído lavouras em outros países. Nessa época, o manejo para combater os insetos, as plantas daninhas e as doenças dos cafezais era feito de forma manual.
A partir dos anos 70 começou a evolução no manejo e nas soluções de proteção de cultivos com a utilização de inseticidas, fungicidas e herbicidas para a cultura. As inovações foram ganhando protagonismo no planejamento de cada safra e, consequentemente, ajudaram na produtividade dos cafezais, que, em 1971, produziram 29 milhões de sacas.
Atualmente, para a safra 2023/2024 do grão, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção de 54,94 milhões de sacas. A alta de 25,94 milhões de sacas em 52 anos tem diversos fatores, entre os principais, está a evolução dos produtos de proteção cultivo, que apoiam o cafeicultor no dia a dia da lavoura. As soluções se inovaram de lá pra cá e seguem crescendo em conjunto com a cultura, tudo para ajudar o agricultor a produzir o café reconhecido mundialmente com produtividade e rentabilidade.
As doenças e pragas que trazem “dor de cabeça” ao cafeicultor seguem nos campos, mas o produtor que aposta nas tecnologias para proteger seus cafezais sofre menos com seus impactos. Além disso, outro ganho da cadeia é a sustentabilidade. Há no mercado produtos de proteção de cultivos chancelados pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), por suas ações específicas sobre os insetos-alvo e seletividade aos organismos benéficos.
O café brasileiro está espalhado pelo mundo. A cada dia crescendo em protagonismo, produtividade, rentabilidade, entre outros fatores. Mas, junto com ele e, principalmente, ao lado do produtor estão as soluções em proteção de cultivos, que maximizam cada vez mais o avanço da cultura e unem o cafezal à mesa das pessoas. O Dia Mundial do Café é para celebrar o grão, quem o produz com amor e as ferramentas que ajudam a nossa produção brasileira – inserindo a proteção de cultivos -, modelo para todo o planeta.
*Rafael Pons é Engenheiro Agrônomo e Líder de Portfólio da Linha Café da Corteva Agriscience, empresa global de capital aberto e 100% agrícola que combina inovação, elevado envolvimento com o cliente e execução operacional para fornecer soluções lucrativas para os desafios agrícolas mais urgentes do mundo. Mais informações corteva.com.