Por Comunicação Rehagro
Foto 1 - (Foto: Luiz Paulo Vilela) - Foto 2
Reboleira de Mancha Aureolada em viveiro (Foto: Diego Baquião)
Você sabe a diferença dessas duas doenças?
A primeira doença (foto 1) é a mancha aureolada, causada pela bactéria Pseudomonas Syrigae, que pode infectar desde mudas de café no viveiro, lavouras novas até lavouras adultas, causando manchas de cores pardas, circundadas por um grande halo amarelo, o que caracteriza o nome mancha-aureolada. Para diferenciar essa doença da cercosporiose, pode-se observar a seca de ramos, que é um sintoma característico, em que eles secam e ficam inicialmente com as folhas murchas, que caem depois, sintoma esse que não é observado pela incidência de Cercospora coffeicola. A mancha aureolada é favorecida por temperaturas de 25° a 30°C, pluviosidade elevada e alta umidade relativa, além disso, os ferimentos servem como porta de entrada para esse patógeno, podendo ser causado por áreas sujeitas a ação dos ventos (maiores altitudes), por chuva de granizo ou frio intenso que podem provocar essas lesões (Pozza et al., 2010).
A Cercosporiose (foto 2) é uma doença que também pode infectar desde mudas no viveiro, até lavouras novas e adultas, no entanto é causada por um fungo, a Cercospora coffeicola, que pode apresentar sintomas nas folhas e nos frutos. As folhas apresentam manchas circulares de coloração castanho-clara a escura, com centro branco-acinzentado, que não é verificado no sintoma da mancha aureolada. Essas manchas quase sempre são envolvidas por um halo amarelado, como o sintoma causada pela bactéria Pseudomonas Syrigae, porém com coloração amarelo menos acentuada. A cercosporiose é favorecida pela radiação solar, uma vez que locais mais expostos ao sol ativam a enzima cercosporina, aumentando assim a incidência da doença. Outra condição favorável é o desequilíbrio nutricional principalmente entre potássio e cálcio, assim como temperaturas de 10° a 25°C e alta umidade relativa.
Portanto, apesar de sintomas parecidos, as duas doenças são causadas por agentes etiológicos diferentes, por isso o controle das duas doenças não é o mesmo. É importante estar atento aos sintomas no campo, e para que seja realizado o manejo correto em cada uma das situações.