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Esforços coletivos: a sustentabilidade e os pequenos produtores |
CARLOS HENRIQUE JORGE BRANDO
Engenheiro civil pela Escola Politécnica da USP; pós-graduação à nível de doutorado em economia e negócios no Massachusetts Institute of Technology (MIT), EUA; sócio da P&A Marketing Internacional, empresa de consultoria e marketing na área de café
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MARCELOTRADER EM 13/11/2012
Temos a certeza de que o Brasil tornar-se-a o país com a melhor qualidade cafeeira mundial, tornando-se reconhecido por qualdade acima de tudo. Creiamos nao falte muito tempo. O grande desafio será o apoio e a divulgacao, sem jamais esquecer do justo reconhecimento ao produtor, o verdadeiro alquimista do campo.
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FRANCISCO MENDES COSTAITABUNA - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 12/11/2012
O artigo "Esforços coletivos: a sustentabilidade e os pequenos produtores", representa o diagnóstico da vida do pequeno produtor, tanto de café, quanto de cacau. O autor, sintetiza a realidade de quem depende da pequena propriedade para sobreviver e acima de tudo participar da formação do agronegócio nacional. O dado é tão real, que extrapolando para outras atividades, o pequeno produtor é hoje fornecedor de 80% dos alimentos vendidos no mercado nacional (supermercados, Verdurões, feiras livres), alem de participar com parcela expressiva da exportação nacional de commodities.
Merece mais atenção das politicas públicas, pelo menos para estimulá-los a inserirem-se mais a fundo no processo associativo. |
FRANCISCO UBIRATÃ MOREIRA AIRESMARINGÁ - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 12/11/2012
É preciso repensar o atual quadro, mas necessariamente o produtor tem que acreditar nele próprio e confiar plenamente no associativismo para que as coisas comecem a andar no rumo certo.
Francisco Ubiratã Aires |
FÁBIO LÚCIO MARTINS NETOVITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 11/11/2012
Prezado Carlos Brando,
Admiro muito seu trabalho a frente da P&A e gostaria de compartilhar algumas ideias a respeito do assunto tratado no artigo. Na Bahia, especialmente na Chapada Diamantina e Planalto da Conquista, onde atuo, predominam os cafeicultores familiares e percebemos isso com muita clareza. Talvez a dificuldade em organizar a produção e a comercialização em grupos de produtores seja uma questão mais comportamental e sociológica que técnica, como afirmou mesmo. Mas isso não basta. É preciso repensar o atual modelo de gestão das cooperativas já existentes. Recentemente Allan Quadros defendeu dissertação de mestrado no Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que algumas estruturas de governança na cadeia produtiva de café gourmet. Realizando estudos de caso com produtores da região da Alta Mogiana, no Estado de São Paulo, o autor concluiu que a estrutura verticalizada - produção, transformação e comercialização de cafés gourmets - é mais adequadas aos grandes produtores. Segundo o autor, para os pequenos e médios produtores o ideal seria uma cooperativa, que possibilitasse essa integração vertical e a apropriação de uma marca, e facilitasse a obtenção de contratos de comercialização de cafés gourmet com outras torrefadoras. Porém, na prática o que ocorre com os pequenos e médios produtores é que estes não se apropriam da quase-renda oriundas da produção destes tipos de café, pois a cooperativa não informa sobre a seleção dos lotes que serão torrados e comercializados como gourmet. De acordo com o estudo, o café gourmet da cooperativa é vendido por valores 130% superiores que o café tradicional da própria cooperativa, mas isso não é repassado aos produtores. O autor constatou que o fato do cafés gourmet não ser a prioridade da cooperativa pode ser a causa para a menor atenção dada a este segmento. Citando Décio Zylbersztajn, o autor afirma que em cooperativas integradas verticalmente, o cooperado pode ficar distante do negócio da cooperativa e as decisões dessa última podem não ir de encontro aos interesses dos cooperados. Para o economista Robin Murray, este distanciamento normalmente ocorre quando a cooperativa, tentando sobreviver no mercado em face da concorrência direta da economia convencional é obrigada e copiar as estruturas centralizadas e de escala de seus concorrentes privados. Correto seria que os negócios das cooperativas fossem não apenas próximos do cooperadomas fossem de fato os negócios dos cooperados. As decisões da diretoria da cooperativa devem estar coerentes com os interesses dos cooperados. O verdadeiro sentido do cooperativismo é o envolvimento das pessoas, principal força da cooperativa. Por isso o número de membros não deve ser tão grande. Assim pequenas cooperativas poderiam se organizar em rede e criar federações de cooperativas, como já ocorre no Brasil e na Europa. |
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