Há anos que o café vem se destacando nas exportações brasileiras e em 2017, segundo o site Notícias Agrícolas, ele se manteve entre os 10 produtos mais exportados do país e superou os 30 milhões de sacas conforme dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CECAFÉ). Porém, devido a grandes oscilações de mercado, lei de oferta e procura, insegurança política e vários outros fatores, seu preço vem se degradando e tirando o sono daqueles que dependem, direta ou indiretamente, dos negócios ligados a este produto.
Se em anos anteriores a escassez hídrica foi um dos principais vilões dos produtores de café, este ano a queda no preço e a alta em todos os outros segmentos que envolvem este cultivo tem deixado os mesmos submergidos em um mar de incertezas. Muitos não sabem, nem mesmo se irão conseguir adquirir fertilizantes de forma que possam atender as necessidades das lavouras.
Para tornar a vida de quem lida com café ainda mais incerta, as notícias que correm nos bastidores é que grande parte dos fornecedores de insumos, devido principalmente a alta do dólar, não irão conseguir atender a demanda dos produtores se os mesmos resolverem adquirir para cobrir todas as etapas de adubação anual, afinal, os fornecedores com a incerteza do mercado não compraram matéria prima suficiente.
Contudo, as incertezas que rondam a cafeicultura brasileira não têm afetado o plantio de novas áreas, afinal, todos os viveiros mantem produção a todo vapor e praticamente todas as mudas já encomendadas. Porém, os investimentos em infraestrutura por parte dos produtores nem sempre acompanham o mesmo ritmo do plantio o que acaba deixando no ar uma insegurança com a qualidade do produto que irá chegar no mercado nos próximos anos.
Por Gustavo Costa de Oliveira – CRA-MG 01-055233/D – Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade do Estado de Minas Gerais, Pós graduado em Engenharia de Produção pela Universidade Cândido Mendes – RJ