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A importância do fortalecimento das entidades de levantamentos de safras para nortear a cafeicultura

ESPAÇO ABERTO

EM 28/01/2022

2 MIN DE LEITURA

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Por Fernando Barbosa*

Não é novidade que vivemos em um mundo de incerteza de dados e estatísticas distorcidas. Falando assim parece que vou começar a falar de uma um boletim de Covid-19 ou de um cenário político brasileiro. Mas não, a prosa aqui é sobre a qualidade do levantamento de dados – sobre a cadeia produtiva como um todo – do café brasileiro.

É necessário que o Brasil mais do que reveja como são realizados esses levantamentos, inove no processamento de levantamento da safra de café.

Assim como outros exemplos do setor público, a má gestão de recursos levou ao sucateamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), fazendo com as informações produzidas por esta não fossem mais confiáveis, e/ou entregues em tempo hábil para o mercado.

Esse sucateamento da Conab contribui para um cenário brasileiro, mais uma vez, preocupante a nós cafeicultores. Somos reféns dos levantamentos paralelos, realizados por empresas particulares, que se aproveitam da fragilidade de legitimidade da instituição que deveria estar à frente desse papel, a Conab.

E para você que está se perguntando, “mas onde esses dados são importantes para a cafeicultura brasileira?”, a resposta é simples e direta, esses dados são utilizados pela Bolsa de Nova York no processo de precificação do produto café.

Já avançamos tanto em tantas frentes. A história da cafeicultura brasileira e uma história forjada no trabalho e inovação de tecnologias. Já demos passos significativos em implementos, na rastreabilidade, em modelos produtivos, na própria qualidade do café entre tantos pontos. Então, por que não conseguimos ter uma unidade única e confiável de informação?

Com certeza a dificuldade não é a tecnológica!

Existe uma máxima que diz “contra fatos não há argumentos”. Quando um dado é informado por uma instituição e este produz um questionamento por parte de certos setores do mercado, isso pode indicar duas coisas: primeiro, que aqueles que estão questionando a informação apresentada se veem prejudicados neste mercado por esse número e precisam tirar a credibilidade dessa informação; segundo, que os dados apresentados por esta instituição, de alguma forma, apresentam uma metodologia frágil que não permite por si só se defender desse processo de argumentações.

Então o que nos falta para ter essa fonte de dados confiável de informação? E a resposta é simples, UNIÃO!

Se tecnologia não é o problema, temos que usar esta a nosso favor e fortalecer a Conab. Unir Centros de Pesquisa e Universidades para produzir novos modelos que permitam uma representação de dados mais segura e confiável. Nós, produtores, participando como fornecedores de dados precisos e entregues em tempo adequado ao processamento.

E questionar aqueles que questionam. A dúvida é um direito do homem, é aquilo que nos faz diferentes. Mas a produção da certeza é o que nos faz superiores. E a certeza é processo coletivo de produção.

*Fernando Barbosa é cafeicultor no município de São Pedro da União (MG).

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SAULO ANTONIO MELO SIQUEIRA

CÁSSIA - MINAS GERAIS

EM 31/01/2022

Parabéns pelo artigo. Muito lúcido e real. Mas não acredito que esta previsão da CONAB seja só pelo seu ´´sucateamento``. Não deixa de ser muita estranha esta previsão, haja vista o relato da EMATER-MG, cooperativas, agrônomos, produtores, etc., sobre a safra deste ano. De onde a CONAB extraiu esta absurda previsão? Sem a mínima lógica ou coerência. No mínimo é muita irresponsabilidade deste órgão governamental. Seria melhor informar que não tem condições de realizar levantamentos do que divulgar absurdos que não existem.

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