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O futuro dos interesses organizados em meio aos protestos no Brasil |
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BRUNO VARELLA MIRANDA
Professor Assistente do Insper e Doutor em Economia Aplicada pela Universidade de Missouri
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BRUNO VARELLA MIRANDASÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 19/07/2013
Prezado Arthur,
Obrigado pelo comentário. Acho que você toca em um ponto interessante: as instituições atuais não estão preparadas para lidar com o tipo de protesto que está ocorrendo no Brasil. O padrão sempre foi o da pressão organizada, e o uso dos mecanismos de representação para a apresentação de demandas. Agora o povo sai na rua e todo mundo resolve falar o que quer mudar, sem muita organização... É aí que deixo uma provocação. O que aconteceria caso tentássemos transformar as grandes manifestações do mês passado em um protesto "tradicional", com liderança e organização "à moda antiga"? Suspeito que perderia muito da força, porque nas avenidas do Brasil se juntaram pessoas com agendas muito diferentes. Em outras palavras, penso que houve mais de uma manifestação dentro da manifestação. Atenciosamente Bruno Miranda |
ARTHUR R. JEROSCH FILHOCHAPADA GAÚCHA - MINAS GERAIS EM 15/07/2013
Muito bom Bruno.
Nos primeiros dias das manifestações, Dilma aparecia sempre bastante preocupada. Nos dias seguintes, já falava em coibir manifestações e autorizou a compra de caminhões de jato d'água. Por incrível que pareça, manifestações "pacíficas" não causam os mesmos efeitos na "camorra política", como quando existe vandalismo e balas de borracha, gaz lacrimogêneo e spray de pimenta. Em outras palavras, o que parece funcionar, é infelizmente o vandalismo. Houve a princípio um objetivo das manifestações, que foi imediatamente atendido. Entretanto, seguiu-se a falta de objetivos maduros. Acredito que se fosse feita uma pauta de exigências (são muitas) e apresentada ao governo com o prazo de pouco tempo para seu total cumprimento, a coisa ia funcionar. Preciso é para isso, um líder, Quem sabe você BRUNO. Pense nisso. |
BRUNO VARELLA MIRANDASÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 09/07/2013
Prezado José,
Agradeço o comentário. O artigo busca justamente chamar a atenção para as consequências das manifestações para outras iniciativas buscando objetivos políticos específicos. É hora da agropecuária refletir sobre a melhor forma de fazer valer os seus interesses, escolhendo uma estratégia e um discurso adequados de acordo com o atual contexto. Atenciosamente Bruno Miranda |
JOSE GILBERTO VIALALEGRE - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 09/07/2013
Parabens pelo artigo! Até que enfim,o povo brasileiro acordou e como diz o ditado"nunca é tarde para reinvidicar, ou melhor antes tarde do que nunca",más uma questaõ me deixou curioso ou melhor; não me lembro de nehuma manifestação do setor agropecuário,será que estou enganado ou esta tudo maravilhosamente bem com a agricultura e a pecuária?
E os preços dos insumos? E a remuneração do produtor? E os encargos tributarios? Ea segurança no campo? Atenciosamente: José Giberto Vial. |
BRUNO VARELLA MIRANDASÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 05/07/2013
Estimado Sergio Chavez,
Gracias por el comentario. Muy importante tu testimonio, de un país vecino con tantas similitudes y algunas importantes diferencias. Me parece que tu comentario trata de una cuestión fundamental, que son las distorciones en la representación en las democracias de los países de nuestro continente. La alternativa, tanto en la Argentina como en Brasil, me parece, es seguir intentando mejorar nuestros sistemas de representación, haciendo hincapié en el rol de las reglas estables del juego. Saludos Bruno Miranda |
SERGIO CHAVEZINDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 01/07/2013
Hermanos, como latinoamericano, habitante de estas hermosas tierras, padecemos un mismo problema, y es la falta de cultura democratica (cultura proveniente de la educacion democratica, hay que formar, enseñar, trasmitir los valores de las democracias plenas) para poder elegir y ser elegido, para poder participar (y en esto los partidos politicos o los politicos que dirigen los partidos, son demasiado cerrados a la participacion de nueva gente en su partido), y nominar candidatos o candidatearse para ocupar cargos electivos. Como se juntan estas dos cuestiones, nos falta educacion democratica, nos falta participacion y los politicos (o seudos caudillos/dirigentes) se aprovechan de estas situaciones, se apoltronan en cargos, (diputados, senadores, parlamentarios, etc) y se olvidan de quienes los eligieron y mantienen con el pago de los impuestos. Estos politicos que nos deberian representar (el pueblo delibera y gobierna a travez de sus representantes) se fijan renumeraciones que multiplican por 10, por 20 o por 30 los sueldos de los empleados de su pais, olvidandose que ese dinero deberia ir a obras publicas (escuelas, hospitales, universidades, infraestructura / rutas, avenidas, gas, agua potable, cloacas, etc), bien administrado, que para eso los votamos, y no a sus bolsillos particulares. Los politicos que ocupan cargos publicos, electivos o no deben recordar, que lo que hacen es un Servicio al Pais, y para que el pais funcione bien, no deben Service del Pais. Un abrazo
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BRUNO VARELLA MIRANDASÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 28/06/2013
Prezado Walfredo
Obrigado pela participação. Observações interessantes; sobre a questão do bem comum, há estudos interessantes mostrando que os políticos buscam equilibrar ambas as demandas: i) manutenção no cargo; ii) busca por políticas que limitem as distorções econômicas na sociedade. Claro, tudo depende do "preço" da manutenção no cargo; alguma distorção sempre haverá, dada a relação entre política e grupos de pressão que cito em meu artigo. Atenciosamente Bruno Miranda |
BRUNO VARELLA MIRANDASÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 28/06/2013
Prezado Joel
Agradeço o comentário. Um aspecto interessante das manifestações é que elas confrontam uma nova forma de protesto, em que muitos protestos se unem nas ruas, com estruturas políticas acostumadas a lidar com interesses organizadas. No que essa convivência vai dar? É difícil saber... As evidências, porém, mostram que a política ainda não sabe muito bem como lidar com a nova realidade. Levará algum tempo até que tenhamos melhor ideia sobre o novo equilíbrio entre tais forças. Aproveito para convidar outros leitores a participarem do debate e deixarem impressões sobre as manifestações e suas consequências. Atenciosamente Bruno Miranda |
BRUNO VARELLA MIRANDASÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 28/06/2013
Prezado Jesus,
Obrigado pelo comentário. Em um país com tantos desafios a serem enfrentados, será importante observar o papel das manifestações no estabelecimento de prioridades no futuro. Espera-se que o "clamor popular" não leve a medidas despreocupadas com o médio prazo. Atenciosamente Bruno Miranda |
WALFREDO GENEHRIBAITI - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO EM 28/06/2013
É muito interessante o tema. Mas a meu ver ser deputado não pode ser uma condição de carreira "profissional", mas, sim, a condição de representar os interesses da sociedade brasileira e isto de forma holística, ou seja, saber identificar o grau de importância que cada parcela de interesse reflete no resultado para o crescimento real de uma nação. Pelo visto a coisa não é vista deste jeito (Utópico) e isto aponta a ponta do principal iceberg brasileiro, que é o iceberg da corrupção. Já que o iceberg da "educação", sem lobbies, está pra lá de derretido e o "cultural" nem se fala, e isto bem sabemos que foi o resultado da gestão brasileira nos últimos dez anos.
Em suma, acho que o texto é uma bela reflexão e a principal é que temos que ter um olhar de forma crítica e madura com relação aos quais estamos elegendo, mas o problema está no tempo que vamos levar para modificar, socialmente, estes valores, em geral são doze anos que uma população alvo leva para absorver certos valores comportamentais de forma estável. Quanto aos protestos, isto é uma "bola de neve" que está levando todo mundo de roldão e o problema está que ela saiu do controle, pois não tem lideranças definidas, visto que a internet é "acéfala" (já que não tem condição de assumir a função de um líder) e as redes sociais são a "população" (coletivo burro e manobrável), como esta "bola de neve" já está em movimento tudo pode acontecer, pois como ela é "acéfala", sem liderança definida, a direção desta é difícil de ser controlada e o que estiver no seu caminho que se cuide (sabemos o que e quem, pois já foram apontados pela insatisfação popular). O grande problema do momento, este está bem claro no texto, é que a "bola de neve" deverá ter uma liderança e/ou só virá a parar se for destruída. A história mostra que, nestes casos, isto só seria possível através de uma "guerra civil" onde a "força" de um grupo consegue tomar a liderança e/ou quando seus objetivos deixam de existir. |
JOEL NAEGELECANTAGALO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 28/06/2013
Qualquer que seja o resultado das manifestações, algumas coisas já conseguiram, incluindo aí o cancelamento do preço das passagens nos ônibus, o arquivamento da PEC 37, a determinação da prisão de um deputado canalha que já é considerado um fugitivo, a movimentação do STF para finalizar o processo dos "mensaleiros", a determinação pela agilização da decisão de todos os processos que dormitam nos Tribunais Regionais e ainda está a precipitar muita lavagem de roupa suja.
Embora o articulista demonstre preocupação com relação a falta de lideranças, e eu concordo com isso, nós sabemos que se nomearem ou escolherem alguém para líder, imediatamente vai ser cooptado pelos governantes, como Lula fez com a UNE, Sindicatos e partidos políticos, corrompendo-os. Penso que o Movimento está certo ao não confiar em ninguém, e continuar ameaçando os detentores do Poder. Acho até que deveriam colocar na pauta essa excrecência que é um ministério com 39 ministros que não demonstram competência alguma. |
JESUS CAMARGO DA SILVASÃO LUÍS DE MONTES BELOS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 27/06/2013
Faz todo sentido o artigo.
Alem do que se observa que não existe um planejamento uma pauta de reenvidicações, existe os grupos aproveitadores tanto pelo lado bom para o País quanto também para o ruim. As mazelas do Brasil são tantas e tão grandes que sabemos que suas correções a priore depende de formação EDUCACIONAL de seu povo. Claro que isso não deve impedir manifestaçoes ordeiras mas só seremos uma NAÇÃO o dia que formos BRASILEIROS acima de tudo. |
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