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Síntese agropecuária BM&F 31/07/2006

CELSO VEGRO

EM 08/08/2006

2 MIN DE LEITURA

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O mercado cafeeiro tem apresentado ritmo lento de negócios nas últimas semanas, devido aos baixos preços praticados. Os vendedores estão retraídos e apenas os produtores descapitalizados estão negociando parte da colheita, enquanto outros produtores permanecem à espera de uma reação dos preços. Perto de 55% da safra 2006/07 já foi colhida segundo o levantamento semanal da consultoria Safras & Mercados.

Em junho, as exportações de café somaram 1,91 milhão de sacas, o que representa queda de 8% no volume exportado se comparado ao mesmo mês do ano anterior. De janeiro a junho de 2006, os embarques atingiram 11,68 milhões de sacas, 11% abaixo do registrado nos seis primeiros meses de 2005, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

As bolsas internacionais - New York Board of Trade (NYBOT) e London International Financial Futures Exchange (LIFFE) - têm apresentado comportamento predominantemente baixista, em virtude do clima brasileiro que tem permanecido quente e seco, afastando riscos de geadas ou de frio mais intenso (Gráfico 1).



Gráfico 1. Evolução dos preços futuros de café arábica

No mercado físico, até o dia 26 de julho, a cotação média da saca de café arábica (bica corrida, tipo 6, na região da Mogiana, São Paulo) a R$ 215,55, segundo o CEPEA, acumula declínio de 3,57% no mês.

As cotações dos contratos futuros na BM&F fecharam, nesse mesmo dia, em US$ 111,80 para setembro/06; US$ 116,30 para dezembro/06; US$ 120,40 para março/07; US$ 123,60 para maio/07; e US$ 127,00 para setembro/07. Na NYBOT, as cotações de fechamento ficaram em US$¢ 95,50/lp para setembro/06; US$¢ 99,55/lp para dezembro/06; US$¢ 103,30/lp para março/07; US$¢ 105,50/lp para maio/07; US$¢ 107,70/lp para julho/07; e US$¢ 109,85/lp para setembro/07 (Tabela 1).



Tabela 1. Cotações dos contratos futuros de café arábica na BM&F


A volatilidade diária dos preços do contrato futuro de café arábica vencimento setembro/06, negociado na BM&F nas últimas semanas, situou-se entre o máximo de 2,05%, em 7 de julho, e o mínimo de 0,76%, em 3 de julho (Gráfico 2). O período pode ser caracterizado por um mercado calmo.



Gráfico 2. Volatilidade diária do café arábica - Vencimento Setembro/06

Pode-se perceber, no Gráfico 3, que o diferencial de preços entre BM&F e NYBOT vem diminuindo. Em 6 de julho, esse diferencial fechou em -US$¢10,81/lp, possivelmente atrelado ao baixo volume de oferta dos produtores brasileiros no mercado cafeeiro, segundo informações do mercado. No início de julho, o diferencial estava a -US$¢ 14,00/lp.



Gráfico 3. Diferencial de preços entre BM&F e Nybot (2005-2006)

O mercado futuro de café arábica negociou 36.201 contratos em junho de 2006. O número de contratos negociados de janeiro a junho foi de 241.962, expansão de 12,4% se comparado ao mesmo período do ano anterior (215.302). Em julho, até o dia 26, foram negociados 30.696 contratos, média de 1.705 de contratos por dia. Em 5 de julho, o número de contratos em aberto atingiu um novo recorde (28.733), superando os 28.681 de 5 de junho de 2006.

Em 26 de julho, a participação de pessoas jurídicas não-financeiras na posição comprada no mercado de café na BM&F representava 39,12% e na posição vendida, 36,28%. O Departamento de Classificação da BM&F teve 941.000 sacas de café certificadas, declínio de 12,3% se comparado ao mesmo período do mês anterior.

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JOSE LUIZ GONÇALVES DE ANDRADE

GURUPI - TOCANTINS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/01/2006

Concordo com o Sr. Marco Aurélio C. Braga. De nada adianta ficarmos falando em produtividade, mercados alternativos etc., se neste país a politicagem grassa com desenvoltura, e quem define política econômica acha ótimo comida barata, eleitoralmente saudável, sem se preocupar com o que acontece no campo. Os produtores inadimplentes estão indo para dívida ativa, o estado está executando estes infelizes que arriscam a vida para melhorar o nosso superávit comercial.



Se o campo não se fizer respeitar, vão continuar nos tratando como "gentalha".
FLAVIO NERY SILVEIRA MAIA

OUTRO - MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 23/04/2005

Observa-se que, mesmo estando o mercado da carne em baixa, devido aos motivos mencionados, não reflete no comportamento de maior demanda do consumidor interno.



Pergunta-se: O poder aquisitivo do cidadão brasileiro está em queda dentro das mesmas variações ou os preços não estão sendo repassados?

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