Com taxa de crescimento de 5,1%, o Brasil é responsável por 50% do consumo entre os países produtores.
De acordo com o último levantamento da Associação Brasileira de Café (Abic) sobre o consumo interno de café no Brasil, houve crescimento de 5,1% no consumo de novembro/05 até outubro/06, totalizando 16,3 milhões de sacas consumidas ante 15,5 milhões do período anterior. Dessa forma, o País se consolida na posição de maior consumidor dentre os produtores de café, com aproximadamente 50% do consumo entre os 57 países que produzem essa mercadoria, segundo a Organização Internacional do Café, que também projetou o consumo mundial de 118 milhões de sacas, crescimento de 1,7% em relação a 2006 (116 milhões).
No mês de janeiro, foram exportados no Brasil 2,3 milhões de sacas, 25% superior ao mesmo período de 2006 (1,8 milhões), segundo o Cecafé. A receita cambial foi de US$ 307 milhões, incremento de 48,2% em relação a janeiro/06 (US $207 milhões).
No mercado físico, os preços seguem a trajetória de queda no ano, espantando os produtores que aguardam melhora para comercializar o restante da safra, da qual segundo consultorias, 68% já foi comercializado.
A cotação média da saca de café arábica, bica corrida, tipo 6, na região do Cerrado Mineiro, até o dia 21 de fevereiro, acumula declínio de 8,9%, cotado a R$268,25/saca, segundo o Centro de Estudo de Economia Aplicada (Cepea).
No mercado futuro (gráfico 1), os contratos futuros na BM&F fecharam, em 22 de fevereiro, em US$140,30/saca para março/07; US$144,65/saca para maio/07, US$148,00/saca para julho/07; US$152,75/saca para setembro/07; US$156,90/saca para dezembro/07 e US$161,05 para o vencimento setembro/08. Na Nybot, as cotações ficaram em US$¢118,90/libra-peso para março/07; US$¢120,15 para maio/07; US$¢122,90 para julho/07; US$¢125,55 para setembro/07; US$¢129,20 para dezembro/07 e US$¢138,55 para setembro/08.
Gráfico 1 - Evolução dos preços futuros do café arábica.
O retorno diário dos preços do contrato futuro de café arábica, para março/07, situou-se entre o máximo de 2,75%, em 22 de fevereiro, e o mínimo de -1,84%, em 16 de fevereiro (Gráfico 2). Esse período caracterizou-se por baixa volatilidade, seguindo as cotações internacionais, em que o mercado andou à espera de definições sobre a produção mundial da mercadoria.
Gráfico 2 - Retorno diário do contrato futuro de café arábica - vencimento março/07.
A análise dos preços entre BM&F e Nybot (Gráfico 3), demonstra pequeno descolamento do diferencial devido às expectativas futuras da oferta de café no mercado mundial.
Gráfico 3 - Diferencial de preços entre BM&F e Nybot (2004 - 2007)
Em janeiro, na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o mercado futuro e de opções de café arábica negociaram 45.489 contratos, ou 10,1% inferior ao mesmo período de 2006 (51.578), representando média diária superior a 210 mil sacas de 60 kg. O volume financeiro em dólares totalizou US$662,5 milhões, ante US$758 milhões do período anterior. Em fevereiro, até o dia 22 inclusive, foram 45.591 contratos futuro e opções, média diária de 326 mil sacas, atingindo recorde de 8.973 contratos derivativos.
A presença de pessoa jurídica não-financeira na posição comprada era de 51,4%, similar à posição vendida, com 51,2%. Os estoques de café certificados pelo Departamento de Classificação da BM&F chegaram a 526.400 sacas, incremento de 166,8% em relação ao mesmo período de 2006.