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OIC: produção mundial 07/08 em 116 milhões de sacas

CELSO VEGRO

EM 20/12/2007

5 MIN DE LEITURA

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Em novembro o mercado cafeeiro continuou a consolidar os níveis de preços observados nos dois meses anteriores. Os preços dos Arábicas caíram ligeiramente em relação a seus níveis de outubro, mas os dos Robustas subiram um pouco, e a média da 2ª e 3ª posições na bolsa de futuros de Londres (LIFFE) registrou 84,28 centavos de dólar dos EUA por libra-peso (US$ 111,49/sc), em comparação com 81,67 centavos (US$ 108,03/sc) em outubro.

Com respeito aos fatores fundamentais, não houve alterações significativas capazes de alimentar a volatilidade dos preços. Com base nos dados estatísticos referentes a certos países exportadores - Vietnã, Colômbia, Etiópia e outros -, elevei minha estimativa do volume global da produção do ano-safra de 2006/07 de 121,6 para cerca de 125 milhões de sacas. Esse ajuste resulta de análise das estatísticas de exportação do final do ano safra de 2006/07 e de vários relatórios dos países exportadores. A cifra relativa à produção do Vietnã foi revisada para mais, passando a ser 18,6 milhões de sacas.

Segundo algumas fontes, a produção vietnamita foi de mais de 20 milhões. No tocante ao ano-safra de 2007/08, também recebi informações que me levaram a revisar minha estimativa preliminar da produção mundial de 114 para 116 milhões de sacas.

O total exportado nos doze meses entre novembro de 2006 e outubro de 2007 foi estabelecido em 96,4 milhões de sacas, representando um aumento de 7,7% em relação ao total de 89,5 milhões exportado entre novembro de 2005 e outubro de 2006. Em termos específicos, o Vietnã exportou 18,1 milhões de sacas entre novembro de 2006 e outubro de 2007, em comparação com 13,1 milhões no período anterior.

Durante o mês participei da 47ª Assembléia-Geral da Organização Interafricana do Café (OIAC), realizada em Iaundé (Camarões). Na ocasião a OIAC também promoveu o 1º Fórum dos Cafés Africanos, em que foram analisados esforços para melhorar a qualidade e atividades de comercialização voltadas para a expansão do consumo interno. Além disso fiz uma palestra no 15º Encafé, que aconteceu no Recife (Brasil) e se concentrou na temática do consumo sustentável. Em minha palestra dei destaque ao crescimento do consumo no Brasil, que, segundo previsões, deve alcançar 17 milhões de sacas no final de 2007.

Evolução dos preços

A média mensal do preço indicativo composto da OIC em novembro foi de 114,43 centavos de dólar dos EUA por libra-peso (US$ 151,37/sc) e representa uma pequena queda (-1,1%) em relação aos 115,71 centavos (US$ 153,06/sc) da média de outubro. Os preços dos Arábicas também caíram um pouco. Essa tendência se inverteu no início de dezembro - preço registrado em 12 de dezembro foi de 119,88 centavos de dólar dos EUA por libra-peso (US$ 158,58/sc). O gráfico 1 ilustra a evolução do preço indicativo composto diário da OIC a partir de 1º de novembro de 2006.

Gráfico 1: Preço indicativo composto diário - 1º de nov/06 a 12 de dez/07


Clique no gráfico para ampliá-lo.

Os gráficos 2 a 5 ilustram a evolução dos preços indicativos diários dos quatro grupos de café a partir de 3 de setembro de 2007. Os preços dos Robustas foram os únicos que em novembro acusaram um pequeno aumento em relação aos níveis de outubro.

Gráfico 2: Preços indicativos diários dos Suaves Colombianos - 3 de setembro a 30 de novembro de 2007


Clique no gráfico para ampliá-lo.

Gráfico 3: Preços indicativos diários dos Outros Suaves - 3 de setembro a 30 de novembro de 2007


Clique no gráfico para ampliá-lo.

Gráfico 4: Preços indicativos diários dos Naturais Brasileiros - 3 de setembro a 30 de novembro de 2007


Clique no gráfico para ampliá-lo.

Gráfico 5: Preços indicativos diários dos Robustas - 3 de setembro a 30 de novembro de 2007


Clique no gráfico para ampliá-lo.

Fatores fundamentais do mercado

A safra de 2007/08 já terminou no Brasil, mas na maioria dos outros países exportadores ela acaba de começar. Dados preliminares procedentes dos países Membros permitem estimar que no ano-safra de 2007/08 a produção mundial ficará em torno de 116 milhões de sacas. Em relação a 2006/07, esse volume representa uma redução aproximada de 9 milhões de sacas, atribuível à queda de produção no Brasil e do Vietnã. O aumento de produção previsto em outros países não será suficiente para compensar essa queda nos dois países em 2007/08.

No ano-safra de 2006/07, a produção mundial foi de 125 milhões de sacas. A cifra referente à produção do Vietnã foi revisada para mais, pois o país na verdade produziu 18,6 milhões de sacas, confirmando sua condição de grande fornecedor de café.

As exportações de outubro de 2007 alcançaram 7,1 milhões de sacas e representam um ligeiro aumento (+2,2%) em relação às exportações de setembro, num total de 7 milhões. O volume cumulativo das exportações do ano cafeeiro de 2006/07 (outubro de 2006 - setembro de 2007) alcançou 96,6 milhões de sacas e representa um aumento de 9,6% em relação ao volume cumulativo das exportações do ano cafeeiro de 2005/06, que somaram 88,2 milhões.

Ainda estou consultando os países sobre o volume de seus estoques iniciais no ano-safra de 2007/08. Os dados recebidos me fazem crer que os estoques iniciais dos países exportadores no ano-safra de 2007/08, 80% dos quais se acham no Brasil, giram em torno de 25 milhões de sacas. Há congruência entre esse volume e a cifra revisada de produção. Os estoques de café verde dos países importadores, incluindo os mantidos nos portos francos, perfaziam 20,35 milhões de sacas no final de março de 2007.

Em novembro os estoques certificados das bolsas de futuros de Nova Iorque (ICE) e Londres (LIFFE) continuaram a aumentar.

Estima-se que em 2006 o consumo mundial de café foi de 120,5 milhões de sacas, superando em 2,4% o volume de 117,7 milhões registrado em 2005. Se a atual dinâmica do consumo se mantiver, o consumo mundial poderá ultrapassar 123 milhões de sacas em 2007. Respondem por esse aumento, em especial, países como o Brasil, o Canadá, a Federação Russa e a Austrália. O consumo interno dos países Membros exportadores em 2006 é estimado em 31,3 milhões de sacas. Nos países importadores como um todo o consumo é estimado em cerca de 89 milhões de sacas. Os preços de varejo subiram em quase todos os países importadores devido à firmeza do mercado e ao aumento dos custos de torrefação.

Conclusão

Em conclusão, convém notar que os preços mundiais do café se mantêm firmes apesar da pequena queda dos preços dos Arábicas em novembro. A depreciação do dólar, porém, continua a reduzir o impacto favorável dessa firmeza sobre as receitas de exportação de muitos países exportadores. Em meu próximo relatório tenciono examinar esta questão de modo mais detalhado.

Fonte: OIC - relatório sobre o mercado cafeeiro de novembro/07

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