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Dilemas (verdadeiros e falsos) da cafeicultura na "montanha"

POR CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

CELSO VEGRO

EM 25/04/2013

9 MIN DE LEITURA

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O evento climático mais temido pela cafeicultura, a geada, está na origem do direcionamento morro acima das lavouras de café nas regiões de mais antigo cultivo. Noutra abordagem, de matiz sociológica, percebiam na disposição espacial: lavoura no morro e casa grande no vale; como uma configuração capaz de permitir imediato controle sobre a mão-de-obra alocada no manejo/colheita do cafezal. Provavelmente, ambos os fatores forjaram o vetor morro acima na histórica itinerância desse cultivo. Ao contrário da percepção geral, a ocupação da “montanha”1 pela cafeicultura não constitui uma vocação natural, mas uma decorrência das condições edafoclimáticas e sócio-econômicas que pautaram o desenvolvimento dessa lavoura.

A digressão histórica auxilia-nos na compreensão da atual simbiose entre cafeicultura e “montanha”. Todavia, no que consiste exatamente relevo dito montanhoso. Análise de imagens de satélite do Estado de Minas Gerais, por exemplo, revela que 75% de sua cafeicultura está implantada em declividade que varia de 1% a 20%, ou seja, de topografia que permite a plena mecanização tanto do manejo como da colheita das lavouras. No cinturão da Zona da Mata, região com predomínio da cafeicultura chamada de “montanha”, 70,96% dela está implantada em terrenos com pendentes acima de 20%. Em contrapartida, no cinturão Sul-Sudoeste, 85% dos talhões estão alocados em áreas com menos de 20% de declividade (BERNARDES, et al 2012). 

O destaque para o potencial mecanizável das áreas situadas em “montanha” decorre da constatação que sistemas produtivos com emprego generalizado de procedimentos mecanizados (manejo e colheita), são menos custosos do que aqueles que dependem grandemente do trabalho manual (VEGRO; MARTIN & MORICOCHI, 2000). Estudo que avaliou a competitividade de sistemas de produção manual e mecânico, especificamente, no sul de Minas Gerais, concluiu que o emprego de máquinas influenciou diretamente no desempenho econômico-financeiro das unidades produtivas (LANNA & REIS, 2012)2.

Excetuando-se o cinturão da Zona da Mata em que a mecanização é de fato acentuadamente restrita, nas demais regiões poderiam ser largamente empregadas. Entretanto, características prevalecentes da estrutura fundiária da cafeicultura impedem a adoção de processos mecanizados em razão das pequenas dimensões da maior parte das lavouras. Francisco et al (2010), compilando microdados do IBGE, constatou que mais de um terço da cafeicultura mineira e quase dois terços da capixaba possuem menos de 20ha cultivados (Figura 1).



Nas duas últimas décadas, os processos desencadeadores de inovações e de desenvolvimentos tecnológicos aplicados à cafeicultura focalizaram com mais interesse as regiões de planalto (cerrados), orientando-os no sentido de poupar mão de obra e incrementar a produtividade daquela remanescente por meio da adoção generalizada de máquinas e equipamentos3 . A cafeicultura implantada em áreas de geografia mais acidentada foi, aparentemente, negligenciada desse esforço. Ademais, poucos e custosos são os equipamentos que permitem poupar mão de obra no manejo e colheita dos sistemas de cultivo em “montanha”. A maior dependência de trabalhadores rurais (temporários, permanentes e familiares) é um dos dilemas enfrentados pelos sistemas produtivos em “montanha”.

Não existem diagnósticos precisos sobre o perfil dos cafeicultores situados nos cinturões de “montanha”. Provavelmente, a idade média desses produtores situe-se acima dos 50 anos, tendo concluído apenas o ciclo básico da formação educacional. Estudos comprovaram que agricultores desse tipo oferecem grande resistência à introdução de inovações, sendo esse fato adicional para a perda de competitividade desses estabelecimentos.

A conotação genérica para a denominada cafeicultura de “montanha” não facilita diagnósticos precisos sobre a sustentabilidade (ambiental e sócio-econômica) desses sistemas produtivos. Dados sobre a evolução da área, produção e produtividade de cinturões de “montanha” podem ser apreciados. Os resultados finais de estimativa de safra entre 2008/09 a 2012/13, não revelam grandes mudanças nos indicadores selecionados, talvez, apenas, uma ligeira evolução positiva na produtividade. (Tabela 1).

A condição de cultivo perene confere à cafeicultura relativa tendência de estabilidade de seus indicadores produtivos, estando ou não as cotações em patamares remuneradores dos fatores produtivos empregados. Portanto, sem alterações significativas capazes de promover mudanças estruturais desses cinturões na “montanha”, o ciclo de preços típico no mercado da commodity tende a causar grandes transtornos sócio-econômicos nos territórios em que a atividade representa fonte importante na geração de emprego e renda.



A análise das áreas em formação nos cinturões montanhosos, também, não evidencia arrefecimento na renovação/expansão4  do parque cafeeiro (Tabela 2). Normalmente esses talhões em formação, possuem maior densidade de cultivo e variedades de elevado potencial genético (produtividade, qualidade, resistência/tolerância a agentes bióticos), permitindo paulatino revigoramento desses cinturões com provável incremento da produtividade dos fatores empregados.



Entre 2008/09 e 2012/13, a relação entre área em formação sob aquela em produção revela que entre de 10% (mínima de 2008) a 17% (máxima de 2012) das áreas com café passam por renovação, superando a habitual recomendação agronômica de 5% de renovação ao ano (em 20 anos se renova a lavoura). Esse maior dinamismo do ajuste indica que a cafeicultura na “montanha” não é um monólito estático, mas ao contrário, por diligência de seus cafeicultores, está em processo de revigoramento pautado pela introdução de tecnologia agronômica nas lavouras (cultivares produtivas, adensamento). Em médio prazo esse esforço contribuirá para robustecer a competitividade desses sistemas produtivos.

Estudos sobre o custo operacional efetivo em lavouras de café apontam entre 40% e 60% as despesas com a alocação de mão-de-obra. Na safra 2010/11, novo cálculo do COE para o município de Manhumirim/MG (zona da mata) contabilizou 61,63% de participação relativa decorrente do emprego da mão de obra (OLIVEIRA et al, 2012)5, confirmando o quão relevante é esse desembolso na condução das lavouras.

Dados do IEA confirmam o forte incremento dos custos com mão de obra rural no Estado de São Paulo. Ocupações de caráter mais estável (trabalhadores permanentes) tiveram elevação próxima dos 50% entre 2008 e 2012. No caso dos volantes (temporários) a elevação do montante recebido pelo trabalhador quase triplicou. Há, portanto, “descasamento” entre os mecanismos de formação de preço da commodity e o item que mais onera os custos de produção (força de trabalho) (Tabela 3).



A decisão política de estabelecer trajetória de recuperação do poder de compra do salário mínimo (SM) é irreversível e se reflete, sobretudo, nos gastos com a contratação de trabalhadores meio rural em que essa unidade de conta (SM) é usualmente empregada no cálculo dos proventos estipulados em contratos (formais e informais). Frente a essa realidade, os sistemas produtivos que absorvem maior conteúdo de trabalho vivo (pessoas) são penalizados em relação aqueles em que o maior componente das despesas concentra-se no trabalho morto (máquinas e equipamentos)6.

Cafeicultores em situação de “montanha” buscam inovações com potencial de poupar mão-de-obra. Embora careçam estudos mais aprofundados, dentre as mais promissoras inovações encontra-se a construção de patamares em lavouras já estabelecidas. A observação de campo, por seguidas safras, demonstra o êxito dessa drástica iniciativa que, poderia, ser maiormente difundida entre outros cafeicultores em igual situação topográfica.

A adoção dos derriçadores portáteis incrementou sensivelmente a produtividade do trabalho de colheita. Equipe composta por dois funcionários (operador da derriçadora e abanador) substitui com folga outros cinco alocados para a mesma função, porém sem o apoio do equipamento. Esse ganho em produtividade reduz os custos da operação de colheita, mesmo considerando as despesas com combustível, depreciação e maior remuneração paga a desses trabalhadores.

Recentemente, lideranças da produção delinearam ações com intuito de oferecer soluções para os dilemas da cafeicultura de montanha7. Sinteticamente, dentre as diretrizes estão: a) regionalização dos preços mínimos; b) contratos de financiamentos com validade de cinco anos; c) incentivo para a renovação/erradicação de cafezais de baixa produtividade; d) desenvolvimento de maquinário de colheita apropriado para a situação de “montanha” e, e) simplificação e redução de custo para a formalização da mão-de-obra. Prevê ainda contrapartidas do segmento como: a) adoção de programa governamental de certificação sócio-ambiental e econômica das propriedades; b) forte investimento em capacitação para a gestão do negócio agrícola; c) incentivo às redes sociais de informação direcionadas ao cafeicultor e d) apoio as organizações sociais de prestação de serviços econômicos (cooperativas/associações/unidades de preparo comunitárias). Trata-se, portanto, de estudo abrangente com sugestões capazes de introduzir nova dinâmica para a estrutura produtiva das lavouras em situação de “montanha”.

A recriação da parceria na produção de café, pode se constituir numa alternativa aos cafeicultores com lavouras em que a mecanização das etapas produtivas não seja viável. O parcelamento da propriedade com os próprios trabalhadores dentro de estatuto legal, que confira segurança jurídica ao empreendimento, deveria compor o rol das ações. Tal iniciativa implica em um reordenamento produtivo com reconfiguração da relação capital-trabalho em que a autonomia decisória dos trabalhadores se fortalece. Diversas formas de colaboração podem ser imaginadas, desde aquela em que a compra de insumos e a responsabilidade sobre o preparo continuam sob coordenação do cafeicultor antigo dono, até aquelas em que apenas uma parte da safra colhida seja destinada ao pagamento da renda da terra e da exploração da lavoura.

José Saramago, único escritor de língua portuguesa laureado com prêmio Nobel de Literatura, exibe a seguinte epígrafe na abertura do livro Levantado do Chão – “Nessa vida se admite tudo menos a resignação”. Diante dos dilemas atuais, nenhuma das cafeiculturas brasileiras pode admitir a resignação. A de “montanha”8, tampouco! Embora não existam soluções fáceis para os problemas aqui apenas alinhavados, é vital que além da mobilização dos cafeicultores, novas rotinas de gestão da produção sejam adotadas, preparando as explorações para novos tempos que podem até não ser tão duros como os de agora.

1 O autor agradece o apoio recebido de Eduardo Heron Campos (Gerente de TI do CECAFE) e da pesquisadora IEA Vera Lúcia Ferraz dos Santos Francisco (Estatística).

2 Os autores constataram ainda que o investimento no cultivo de café com emprego exclusivo da colheita manual, o valor presente líquido do projeto (de 15 anos) seria negativo em R$6.065,82, considerando preço recebido de R$362,81 e produtividade média de 30sc/ha.

3 Ver RUFINO (2001).


4 O fenômeno tende mais para a renovação do que para a expansão na medida em que a área em produção exibe ligeira baixa.

5 No caso de Guaxupé/MG simulou-se propriedade com 80ha e produtividade de 23sc/ha, enquanto em Manhumirim/MG esses parâmetros foram de 10ha com 27sc/ha.

6 Percepção essa compartilhada com RUFINO (2011).

7 Ver documento preparado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

8 Alguns leitores podem não compreender as aspas colocadas sempre junto ao termo montanha. Quis o autor subentender que a terminologia talvez mais esconda do que revele aspectos cruciais da produção cafeeira nessa situação geográfica.


Literatura Citada

BERNARDES, T; MOREIRA, M.A; ADAMI, M. & RUDORFF, B. F. T. Diagnóstico Físico-Ambiental da Cafeicultura no Estado de Minas Gerais – Brasil. Coffee Science, Lavras, v. 7, n. 2, p. 139-151, maio/ago. 2012.

CONFEDERAÇÃO Nacional da Agricultura. Proposta para viabilização da cafeicultura de montanha. Grupo de Trabalho da Cafeicultura de Montanha, Brasília, fev.2013. 6p. (mimeo).

COMPANHIA Nacional de Abastecimento (CONAB). Previsão e estimativas de safra de café. Disponível em: https://www.conab.gov.br

FRANCISCO, V.L.F.dos; FECHINE, V.N.R., VEGRO, C.L.R. & ALMEIDA, M.B.A. Modelo estatístico e econômico para estimativa de safra brasileira de café. Informações Econômicas, v.40,n.12, dez.2010. 26-36p.

FREIRE, A.H.; REIS, R.P.; FONTES, R.E. & VEIGA, R.D. Eficiência econômica da cafeicultura no sul de Minas Gerais: uma aplicação da fronteira de produção. Coffee Science, Lavras, v. 6, n. 2, p. 172-183, maio/ago. 2011.

INSTITUTO de Economia Agrícola (IEA). Banco de Dados IEA. Disponível em: http:\\www.iea.sp.gov.br

LANNA, G.B.M. & REIS, R.P. Influência da mecanização da colheita na viabilidade econômico-financeira da cafeicultura no sul de Minas Gerais. Coffee Science, Lavras, v. 7, n. 2, p. 110-121, maio/ago. 2012.

OLIVEIRA, D.H; FREIRE de, J. M.; ALVARENGA, G.L.; ANDRADE, F.T; CASTRO JUNIOR, L.G. Evolução dos custos de produção da cafeicultura brasileira entre as safras 2007/2008 e 2010/2011. In: Anais do 50o Congresso da SOBER. Vitória, 22 a 25 de julho de 2012.17p.

RUFINO, J.L.dos S. Sim! A cafeicultura de montanha é viável. Disponível em: www.redepeabirus.com.br/redes/form/post?pub_id=101406

VEGRO, C.L.R.; MARTIN, N.B; & MORICOCHI, L. Sistemas de produção e competitividade da cafeicultura paulista. Informações Econômicas, v.30, n.6, p.7-44, jun.2000.

CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

Eng. Agr., MS Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade. Pesquisador Científico VI do IEA-APTA/SAA-SP

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J R LAGO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 06/05/2013

Celso e demais produtores,



Dentre as varias questões existentes, de elevado conteúdo histórico e cultural, temos a oneração da mão de obra e os benefícios sociais em voga, os quais incentivam a ociosidade. Outro fator, conforme citado no estudo, é a concentração das propriedade em áreas entre 20 a 100 hectares,( próxmio a 60%) indicando a existência de elevado numero de proprietários, dificultando a introdução de tecnologias ou aplicação de capital mais intensivo. Aliado a tudo isso, temos o questão da topografia, um fator limitante e não controlável. No meu caso, o aclive está em torno de 35%, cheio de pedras...., Então o que temos a fazer é mantermos alertas, unidos e agir politicamente, neste caso, dentro de princípios éticos, diferentemente do hoje em voga em certos meios.
CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 30/04/2013

Agradeço os comentários aqui formulados. Sempre nos ajudam a reelaborar ideias e ampliar o debate.

Celso Vegro
JOSÉ EDUARDO CRUZ

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/04/2013

Celso, parabéns. Temos que ser criativos. Existe outra cultura, que possa substituir a médio prazo, nessas regiões, a cultura do café, c/ toda a sua completa estrutura de produção ( a maior do mundo)??????? Eu,hoje, não conheço.
MATEUS MESSIAS DE SOUZA

CABO VERDE - MINAS GERAIS

EM 29/04/2013

È isso ai wilian essa é bem a nossa relidade,  uma região conservadora e tradicional e muito apegada ao café,  deveriamos ter um valor melhor por nossos cafés.


























NATÁLIA SAMPAIO FERNANDES

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 29/04/2013

Celso, muito boas as análises!

Parabéns pleo artigo!



Grande abraço.
WILLIAN JOSÉ GOULART

MUZAMBINHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/04/2013

sem duvida, nosso problema aqui passa pelo tamanho das propriedades( pequenas) completamente irregulares  o que atrapalha a mecanização, alem disso a presença de muitas pedras e arvores centenárias jacarandas, cedros entre outras nas lavouras, ( o que deveria ajudar a diferenciar a propriedade de outras que não as possuem)  dificultam a mecanização, bem como o terraciamento, pois essas não podem ser removidas.

há ainda uma forte resistência dos produtores em renovar as lavouras, em virtude das doenças complicadas pelo vento, que atacam lavouras jovens.

na verdade eu concordo com marcos jacob, acredito que a solução para muitos produtores seja procurar outro ramo de atividade mais rentável, e sem duvida precisamos diversificar com outras atividades. E o governo tem um forte papel nisso dando um viés diferente para seus empréstimos.
DANIEL RENNO SAMPAIO

SANTA RITA DO SAPUCAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 27/04/2013

PREZADO CELSO EXISTE UM LIMITE DE REDUZIR CUSTOS , MILAGRE SOMENTE MOISÉS QUE TIROU AGUA DA PEDRA!!!!!!!!
CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 26/04/2013

Prezado Eduardo

Miopia somente a machadiana que xeretava onde nínguem tinha interesse algum.

Abçs

Celso Vegro
ENSEI NETO

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/04/2013

Muito bom estudo, uma vez mais, Celso.

Conciso e coeso.

Grande abraço.
EDUARDO HERON SANTOS

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 26/04/2013

Boa tarde Celso,



Parabéns pelo artigo. Também acredito que o desafio é grande e complexo, e portanto, não há soluções simples.Porém, a elaboração de pesquisas, estudos e ações estratégicas, efetivamente inteligentes e eficazes, podem auxiliar no direcionamento e amenização do problema. Entretanto, antes de partir para o "topo do morro", alguns passos iniciais são primordiais, entre eles, o tratamento para miopia daqueles que ficam na base do morro olhando para o topo e "achando" que vai chover ou fazer sol. Fica a dica! Parabéns
MARCO ANTONIO JACOB

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 26/04/2013

Celso ,



Visões catastrofistas ?? Não é visão , é fato , é matemático , custo de produção com mão de obra intensiva não suporta vender café nestes níveis de preço.



Não é visão , é realidade , não é poesia , é prejuízo , é viver como miseráveis.



Para aqueles que gostam de poesia , sugiro Les Misérables de Vitor Hugo
CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 26/04/2013

Prezado Marcos Jacob



De fato os números não são nada favoráveis á cafeicultura de montanha. Mas também tenho dificuldade de crer em visões catastrofistas para problemas conjunturais.



O certo é que não se pode ficar parado!



Abçs



Celso Vegro
CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 25/04/2013

Prezado Mateus Messias

Numa perspectiva microeconômica o aprimoramento da gestão das explorações é uma das formas de incrementar a tenecidade do segmento aos ciclos de baixos preços como o que atualmente observamos.

Existem cafeicultores de Cabo Verde que são referência nesse quesito. Espero que você seja um deles.

ABçs

Celso Vegro
MARCO ANTONIO JACOB

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/04/2013

Prezado Celso ,



O problema não é complexo, ele é matemático , custo maior preço  , a solução sim é dolorida , mas pode ser atenuada.



Produzir café no Brasil , com intenso emprego de mão de obra é inviável economicamente.



É melhor encarar o problema de frente , e , antes de avermelhar é melhor amarelar (parodiando o semáforo) , então deveria haver um incentivo para os cafeicultores de "montanha" mudarem de atividade.


MATEUS MESSIAS DE SOUZA

CABO VERDE - MINAS GERAIS

EM 25/04/2013

Nossa cafeicultura esta vivendo um cenário onde o foco principal é uma melhor gestão das propriedades, estamos na hora de criar soluções e formas de produzir com custos mas baixos, pois está é a realidade das montanhas.
CELSO LUIS RODRIGUES VEGRO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 25/04/2013

Prezado Marco Jacob

Para problemas complexos não há soluções simples.

Abçs

Celso Vegro
MARCO ANTONIO JACOB

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/04/2013

Celso ,



infelizmente , a cafeicultura de "montanha" (tradicional e não mecanizada) esta fadada a "Colombização" (redução da área plantada), produzir café abaixo de US$1,50 por libra peso , só em países miseráveis, que não é mais o caso do Brasil.



Salário de US$350,00 mais encargos legais ,e café a US$1,35 ,  não fecha a conta.

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