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O "X" da questão |
JULIANO TARABAL
Eng. Agronomo; Especialista em Gestão do Agronegócio Café; Superintendente Federação dos Cafeicultores do Cerrado
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MARCELO DIANINPATROCÍNIO - MINAS GERAIS EM 16/02/2012
Sr. João Carlos, amigos Juliano e Antonio Posso,
Gostaria de fazer uma indicação de leitura , relacionado a efeito que podemos, como indivíduo, exercer sobre os malefícios do capitalismo. Segundo o autor Immanuel Walersten, do livro "Otimismo e Caos na crise do capitalismo", que trata nos novos rumos do capitalismo, nós teremos a oportunidade como indivíduo, veja o exemplo das redes socias, de realmente nos expressar e encontrar outros indivíduos que compartilham dos mesmos pensamentos a aflições, ou seja de iniciar um movimento em prol da nossa classe. Aproveitando o ensejo, durante a Fenicafé 2012, haverá um movimento direcionado a desburocratização das licenças ambientais e afins, este , ao menos no cerrado mineiro é um grande gargalo que precisa ser transposto, hora de mobilização efetiva, vamos lá!! Abraço a todos, Marcelo Dianin |
JULIANO TARABALPATROCÍNIO - MINAS GERAIS EM 13/02/2012
Prezado Reinaldo Foresti,
O agradecimento é todo meu pelas considerações e leitura de nossa análise. Quando despertamos o pensamento critico indubitavelmente damos vários passos a caminho da evolução, seja qual for o campo. Grande abraço. Juliano Tarabal |
JULIANO TARABALPATROCÍNIO - MINAS GERAIS EM 13/02/2012
Prezado José Antonio Padial,
Vejo que é um cafeicultor na Região do Cerrado Mineiro e que portando vivência a organização existente na região. Sem dúvida alguma o modelo de organização existente na região, coordenado pela Federação juntamente as associações e cooperativas parceiras é um modelo bem sucedido e que pode sim ser tomado como exemplo e adotado em outras regiões cafeeiras. A formação das pessoas foi muitíssimo bem levantado pelo senhor. O senso se cooperativismo e associativismo deve ser interiorizado por cada um dos produtores envolvidos em cada uma das regiões. Aliás sinto que este tipo de investimento poderia ser bem maior, o de preparar as pessoas, trabalhar a conscientização a cerca do cooperativismo e da maior valorização de sua região. Com engajamento tudo fica mais fácil, essa consciência precisa ser trabalhada, mas para isso é necessário que a despertemos. Grato pela grande colaboração ao levantar esta necessidade. Grande abraço. Juliano Tarabal |
REINALDO FORESTI JUNIORCAMPANHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 13/02/2012
Estimado e competente Consultor Juliano Tarabal. Agradeço de coração a excelente explicação que você fez referente ao assunto em pauta. Como coopertivista convicto fico eufórico ao conhecer oa caminhos das pedras, a importância de toda cadeia e os vínculos necessários e suficientes para atender o mercado e os consumidores finais. Cumprimentos pelo brilhante artigo e comentários devidos, e um grande abraço.
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JULIANO TARABALPATROCÍNIO - MINAS GERAIS EM 13/02/2012
Caro Celso Vegro,
Sem dúvida alguma a implantação de contratos no agronegócio é um tema recorrente, que já avançou em algumas culturas como a soja, mas que na produção de café ainda precisa avançar e muito. Excelente ponderação. Grande abraço. Juliano Tarabal |
JOSÉ ANTONIO PADIAL POSSOMONTE CARMELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 11/02/2012
E um bom modelo, acredito eu, temos aqui no cerrado. Uma federação que representa várias associações de produtores. Esse modelo extrapolado para todas as regiões produtoras do país, conseguiria promover uma integração interessante.
O problema maior está na pouca atenção dada, no processo de formação das pessoas, à importância do associativismo e do cooperativismo na quebra da hegemonia e dos efeitos perversos do capitalismo da forma como se impõe hoje no mercado. Em parte consequencia dessa força mesmo. Assim, as associações principalmente, (já que cooperativas por atuarem com fatores mais tangíveis sofrem menos) encontram enormes dificuldades de seguir com seus propósitos, já que precisam contar com o entendimento dos associados desse movimento coletivo, junto, somando forças, algo intangível e que se situa no campo da subjetividade. É preciso então inovar continuamente e perseverar firmemente. Abraços. José Antonio Padial Posso (anap@netvip.com.br) |
JULIANO TARABALPATROCÍNIO - MINAS GERAIS EM 10/02/2012
Caro Reinaldo Foresti,
Não tenha duvida que o cooperativismo é fundamental no agronegócio. Temos uma situação conjuntural do setor produtivo do café onde a produção é bastante "pulverizada", visto o grande número de produtores que que empreendem na atividade, onde no Brasil especificamente encontramos propriedades de 1ha até 1000, 2000, 3000ha. Ou seja, a produção é bastante heterogênea. Grupos com maiores áreas, que possuem volumes maiores de produção e desenvolveram know how em comercialização, conseguem de certa forma caminhar paralelamente a organizações cooperativistas, pois têm escala de produção suficiente e geralmente acessam mercados que buscam por volume, atendendo a grande indústria ou mesmo exportadores. Neste caso estamos falando em grupos que operam geralmente em mais de 1000ha a atividade do café. Empreendimentos abaixo desta área, vamos estabelecer uma faixa de 500 a 1000ha, também operam e acessam mercados de forma direta com uma capacidade ainda muito boa de fornecimento em volume, mas são operações que de certa forma ainda estão ligadas a organizações cooperativistas para realizarem negócios sejam em rebeneficio, armazenagem, comercialização e ou compra de insumos. Numa faixa entre 300 a 500ha temos propriedades que começam a desenvolver um potencial maior em volume de produção e que por isso conseguem acessar mercados que trabalham com contratos maiores de fornecimento, mas ainda possuem uma dependência razoável de estruturas de cooperativas para questões principalmente de armazenagem e algumas de rebeneficio e padronização e também estão bastante ligadas as cooperativas na comercialização e compra de insumos. Vamos para faixa de propriedades entre 100 e 300 ha. Podemos considerar estas como médias propriedades e é talvez onde residam os maiores desafios, pois é nesta faixa onde se encontram as dificuldades em "carregar" um imobilizado maior em relação ao volume de produção, buscam um ponto de equilíbrio entre estrutura implantada (imobilizado) e produção. Empreendimentos enquadrados nesta faixa possuem uma dependência grande das cooperativas no que tange a rebeneficio, armazenagem, comercialização e se for o caso compra de insumos. Meio que timidamente podem conforme sua estrutura de gestão permita se "aventurar" em mercados que trabalham com maiores volumes de compra, pois ainda não adquiriram escala suficiente para buscar estes mercados com maior consistência e segurança de fornecimento. Falando em propriedades com áreas abaixo de 100ha, temos empreendimentos que dependem em alto grau das organizações cooperativistas. Dependem em assistência técnica, beneficio, armazenagem, compra de insumos e claro, na comercialização. Esta dependência vai se acentuando conforme menor a propriedade. Nesta faixa, mesmo que a propriedade possua uma gestão que lhe permita acesso a canais diretos de comercialização com torrefadores e mesmo a exportadores, em alguma das etapas vai depender de uma cooperativa, pois sua escala de produção não lhe permite grandes investimentos necessários em estrutura para uma maior independência. Traçamos aqui uma breve análise sem nenhum caráter cientifico, baseado em experiências e vivencias que que temos juntos aos colegas no setor produtivo e cooperativista. Com a evolução do mercado temos propriedades de todas as dimensões acessando diretamente o comprador final principalmente no mercado de especiais, na modalidade direct trade, fair trade, etc, mas que como frisamos acima quanto menores em área dependem em alguma etapa das cooperativas. Como a maior faixa de produção de café se encontra em propriedades de até 100ha, dai a grande necessidade de termos cooperativas atuando no segmento, fornecendo apoio ao produtor e de forma coletiva buscando melhores oportunidade de negócio, transferindo tecnologia, capacitando e profissionalizando os cafeicultores, se contar no fato da retenção de divisas na região de atuação da cooperativa geração de empregos e movimentação que as cooperativas exercem nos arranjos produtivos no qual atuam. Comemorar 2012, que segundo a ONU é o ano do cooperativismo com ações de cooperação que elevem nosso segmento. Grande abraço, Juliano Tarabal |
CELSO LUIS RODRIGUES VEGROSÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 10/02/2012
Prezado Juliano Tarabal,
Seu artigo realmente esmiuça o X da questão. Na cadeia do café os contratos nunca existiram, exectuando-se os de comercialização futura. O avanço da qualidade e o surgimento das especialidades em café oferecerão o ensejo necessário para que a culura dos contratos se estabeleça. Trabalhar na gangorra dos preços é o pior dos mundos para o cafeicultor. Livrar-se disso significa implantar os contratos para todas as etapas do manejo da cultura. Abçs Celso Vegro |
JULIANO TARABALPATROCÍNIO - MINAS GERAIS EM 09/02/2012
Caro Senhor Joao Carlos,
Vejo que o senhor tem de certa forma alguma razão em estar discrente de uma melhor integração do segmento café, pelo histórico que temos nesta cadeia em nosso país. No entanto façamos um exercício e tentemos enxergar "a coisa" por outro lado. Vamos pensar do ponto de vista que o senhor enquanto cafeicultor também tem a "chave"para uma mudança. Isto atuando ativamente em sua cooperativa ou associação caso seja cooperado ou associado em alguma instituição. Fazendo seu comentário neste espaço também esta contribuindo, pois quando debatemos num espaço sério como este trocamos idéias, informações e de certa forma repensamos o nosso negócio. Muito obrigado pelo comentário e sigamos em frente em busca da integraçao e organização do agronegócio café. Grande abraço. Juliano Tarabal |
JULIANO TARABALPATROCÍNIO - MINAS GERAIS EM 09/02/2012
Caro Pedro Ronca,
Acompanhei pelas noticias do café que você cursou o Mestrado da Illy e vejo que a escolha pela sua pessoa foi extremamente acertada pela Illy! Esta é a mentalidade que devemos ter, pensar positivo e pensar num segmento independente, que caminhe com as próprias pernas e seja soberano. Evidentemente que vivemos numa democracia em processo de amadurecimento e mesmo que sejamos independentes o Governo seja estadual ou Federal deve ser parceiro do segmento e devemos contar com ele. O Governo nos atendera com maior eficiência a medida que nós formos mais organizados, menos bairristas e mais profissionais, não só na porteira para dentro como já somos, mas sim da porteira para fora, através do associativismo e cooperativismo sério, atuante. Através da melhoria do nivel de capacitaçao dos produtores e dos profissionais envolvidos. Temos pessoas em todo o Brasil de extrema capacidade no agronegócio café. Talvez estas pessoas não estejam devidamente conectadas, trabalhando e pensando juntas. Como você bem colocou "vamos buscar maneiras de realizar esta tarefa". Estamos entrando na era do shared value, uma nova fase do capitalismo onde devemos ser cada vez mais inovadores e incentivadores do "ganha-ganha". Muito obrigado pelo comentário positivo e vamos continuar no processo de pensarmos juntos uma cafeicultura ainda melhor! Grande abraço. Juliano Tarabal |
REINALDO FORESTI JUNIORCAMPANHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 09/02/2012
Concordo em gênero, número e grau com o diagnóstico do ilustre consultor. Acredito que o melhor caminho para integração dos produtores de café é o cooperativismo. A cooperativa seguindo religiosamente os postulados inerentes ao sistema oferece a proteção necessária e suficiente para o progresso geral da cadeia de produtores. Ao ingressar em uma cooperativa sadia, o produtor terá todas as orientações e posturas empresariais para o desempenho completo da nobre atividade. A cooperativa deverá com porte e idoneidade de seus dirigentes também cooperados proporcionar com integridade os interesses da classe, inclusive contatos de alto nível com as demais cadeias oferecendo uma espetacular prestação de serviços aos favorecidos. Ela é tão ou mais importante como alavanca dos setores favorecidos que a ONU em sábia e boa hora proclamou para este ano de 2012 o ANO INTERNACIONAL DO COOPERATIVISMO MUNDIAL.
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JOÃO CARLOS REMEDIOSÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 09/02/2012
Parabéns pelo artigo. Seria o ideal para qualquer negócio, mas, se tratando de café, isso me parece bastante utópico. Não existe e nunca existirá uma cadeia integrada se a mentalidade é a de levar vantagem em cima do cafeicultor.
Exigir cada vez mais um café de melhor qualidade para ser vendido pelo menor preço. Produzimos uma bela commoditie, mas, nos tornamos reféns de um mercado cada vez mais predador. Nos tornamos uma "marionete" na mão de expeculadores. É uma pena! Sorte para a cafeicultura! |
PEDRO PAULO DE FARIA RONCARIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 09/02/2012
Prezado Juliano,
Realmente você tocou no X da questão. Temos tudo hoje no Brasil em termos de café. E melhor ainda nos deparamos com uma oportunidade de consolidar ainda mais a cafeicultura brasileira, fortalecer nossa liderança e perpetuar com prosperidade duradoura essa posição. O que verdadeiramente importa não é ser líder hoje, é continuar sendo líder por muitas décadas. Por isso não podemos parar. Concordo totalmente com você que o que necessitamos é unir esforços, integrar e criar sinergias entre os elos da cadeia. Acabar com a velha mentalidade que só olha para o ganho pessoal e imediato e inovar, mudar, unir, buscando a mentalidade do "ganha-ganha"! Vamos buscar maneiras de realizar essa tarefa. O apoio do Governo é importante e temos que cobrar isso, pressionando as lideranças e nosso políticos, mas creio que temos que andar independente do governo. Se organizando como classe, como sociedade civil e produtiva, estimulando a boa governança, a ética nas relações entre toda cadeia e a responsabilidade social, ambiental e econômica de cada elo do setor. Vamos debater pra encontrar os caminhos. Parabéns pela iniciativa de instigar esse sentimento e pelo ótimo texto. Abraços. |
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