Em relatório divulgado nesta sexta (20), o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) reduziu a produção brasileira de café da safra 2014/15 para 49,5 milhões de sacas. A safra anterior havia sido estimada em 53,7 milhões de sacas pelo órgão.
Além da queda de produção nacional, os Estados Unidos preveem uma forte retração nos estoques mundiais, que recuam para 32 milhões de sacas, 11% abaixo do volume da safra anterior.
O consumo mundial mantém elevação e deve subir para 147,7 milhões de sacas, 1,5% mais do que na safra passada, segundo o USDA. Um dos responsáveis por essa alta são os Estados Unidos, o maior consumidor mundial de café.
O consumo norte-americano deverá atingir o recorde de 25,4 milhões de sacas, 1,8% mais do que na safra anterior.
O Brasil será responsável por 25% do café a ser consumido pelos Estados Unidos na safra 2014/15. O Vietnã, ao somar 18% do total, será o segundo maior fornecedor, enquanto a Colômbia fica com a terceira posição.
O consumo brasileiro, o segundo maior no mundo, fica estável em 20,1 milhões de sacas, na avaliação do Usda. Já o da União Europeia cai para 45,7 milhões de sacas, 0,3% inferior ao da safra anterior.
A produção mundial, após ter atingido 155 milhões de sacas em 2012/13, e recuado para 150,1 milhões no ano passado, volta a cair.
Desta vez, para 148,7 milhões de sacas. A queda só não é maior porque a Colômbia, após um período de retração, voltou a obter uma produção maior.
Na safra 2014/15, os colombianos vão produzir 12 milhões de sacas, um volume bem superior aos 7,7 milhões de sacas de 2011/12.
As exportações mundiais de café verde serão de 107 milhões de sacas em 2014/15 -29 milhões sairão do Brasil
Reportagem Folha de S.Paulo