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Mão de Obra: Trabalhador rural está cada vez mais longe do campo

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/09/2013

3 MIN DE LEITURA

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 O aumento da renda, proveniente da valorização do salário mínimo, mudou a estrutura do mercado de trabalho no meio rural, revela estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), divulgado com exclusividade ao Brasil Econômico . “Houve uma debandada da mão de obra. Um grupo expressivo está preferindo ficar em casa a ir para a lavoura”, destaca o economista Rodrigo Leandro de Moura. A opção por não trabalhar na agropecuária não indica, contudo, transferência da mão de obra para as cidades e aumento da migração, como ocorreu na história recente da economia brasileira. Ao contrário do passado, os anos 2000 são marcados pela migração rural em patamar equivalente ao do período ainda de nascimento da industrialização, nos anos 50, embora, ressalte Moura, dessa vez, haja um contingente muito menor de trabalhadores instalados no campo.

A pesquisa do Ibre/FGV utiliza como base os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), relativo ao cenário de 2011. A divulgação mais atualizada sairá em setembro, quando o estudo será revisto. Mas, segundo o economista, as mudanças ocorridas no mercado de trabalho rural foram estruturais e permanecem. Mesmo a inflação crescente neste ano não é capaz de reverter as transformações, porque o reajuste do salário mínimo, balizador da aposentadoria, supera a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e garante a manutenção dos ganhos adquiridos.

“Ficaria muito surpreso se algo mudasse repentinamente. São fatores estruturais que, dificilmente, são revertidos de um ano para outro”, destaca Moraes. Além disso, diz ele, o avanço expressivo do Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário no primeiro semestre deste ano indica queda da população ocupada no meio rural e aumento da produtividade, retrato condizente com o quadro assinalado pelo estudo do Ibre/FGV.

A queda de 1,9% da população ocupada no campo, de 2004 a 2011, está relacionada a um movimento crescente de antecipação de aposentadorias, sobretudo, entre trabalhadores com menos escolaridade, de zero a sete anos de estudos.

A expansão do salário mínimo fez com que a renda média mensal decorrente da aposentadoria superasse à do trabalho, de 2004 a 2011 — 5,08% ante 4,7%, respectivamente. A média da renda com o trabalho é de R$ 490 e com a aposentadoria, de R$ 693.

Com mais dinheiro para custear o orçamento, as famílias estão podendo deixar suas crianças e jovens de 10 a 17 anos permanecerem mais tempo na escola, em sistema de dedicação exclusiva, distantes da lavoura. Soma-se à contribuição da aposentadoria, as melhores condições do acesso à escola, revela o estudo. A consequência imediata é a queda de 1,7% da taxa de participação da força de trabalho rural, no período. Ou seja, caiu o números de pessoas em idade para trabalhar que optaram por buscar emprego no campo, nos sete anos. E as mudanças pouco têm a ver com os programas sociais do governo, segundo o Ibre/FGV. Apenas 3,7% da queda taxa de participação da força de trabalho são relativas ao aumento real de benefícios sociais entre 2004 e 2011.

Daniela Rocha, que divide com Moura o estudo, salienta, contudo, que os produtores agrícolas estão compensando a redução da oferta de mão de obra com programas de qualificação dos trabalhadores para que operem máquinas, cada vez mais presentes no campo. Ela cita o caso dos produtores de cana-de-açúcar, que optaram por qualificar seu pessoal já empregado, em vez de contratar pessoal treinado.

A permanência dos jovens por mais tempo nas escolas também tende a contribuir para que o setor agropecuário mantenha o crescimento da produtividade, porque permitirá que uma fatia maior de estudantes alcance o segundo grau técnico especializado, de acordo com Daniela. Ainda assim, “há uma discussão muito grande sobre até que ponto a mão de obra rural consegue se adequar aos avanços tecnológicos. O meu palpite é que há dificuldade de absorção do trabalhador”, ressalta Moura. Isso explica em parte a antecipação da aposentadoria por alguns. Sem conseguir espaço no mercado, eles buscam solução na previdência.

Os cenários, na verdade, variam de acordo com as regiões do país. A carência por mão de obra é maior no Nordeste, enquanto o Centro-Oeste é favorecido pela migração do meio urbano para o rural, em decorrência dos resultados extraordinários dos mercados de soja, milho e pecuária.

A queda da população rural ocupada acaba por repercutir também sobre o mercado de trabalho urbano, diz Moura. “Um potencial menor de trabalhadores rurais tem suprido as cidades”, afirma. E a perspectiva é de manutenção deste quadro, ao menos no curto prazo. “A mudança é estrutural”, reforça o economista.

A matéria é do Brasil Econômico, adaptada pela Equipe MilkPoint.

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RODRIGO

DIVINÓPOLIS - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 29/12/2013

Eu devo ser um dos poucos que não acredito em pesquisas feitas por orgãos vinculados a esse governo.



Comercio no Brasil passa por uma crise terrivel, principalmente o pequeno e medio comerciante, concorrencia, estagnação das vendas, aumento absurdo de alugueis, aumento de salarios, encargos, impostos.......não vejo um comerciante satisfeito.



Essa falta de mão de obra no campo, acontece que não existe uma politica agricola séria no Brasil hoje como no passado, não temos estradas rurais asfaltadas como nos EUA, Canadá.....aonde é rapido ir e vir.

No campo falta policiamento, postos de saúde, escolas........porque uma pessoa vai ficar em um lugar assim?

Além disso tem politica assistencialista desse governo com fome zero, auxilio presidiario, bolsa crak......





Vejo no BR seguinte quadro para o produtor rural refente a mão de obra:



1º Os grandes produtores vão ficar com  a pouca mão de obra especializada do setor, já pagam altos salarios(como já acontece), fazem rodizio de folga na ordenha, férias......isso  já acontece com algumas fazendas/empresas.



2º Os médios produtores vão ter que trabalhar na atividade com familiares ou dar sorte(como ganhar na mega sena) de arrumar algum bom funcionario ou diarista pra ajudar.



3º O pequeno produtor se não for ele a trabalhar ou também a familia, vai sair da atividade, porque esse não vai conseguir pagar mão de obra.







PS: muito interessante essa ordenha mecanica robotizada, é o futuro, mas mesmo assim precisa de gente pra morar na fazenda aqui no BR, senão levam tudo kkkkk


HELDER DE ARRUDA CÓRDOVA

CASTRO - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 17/09/2013

Prezado Irauto,



Concordo com suas colocações. Num futuro próximo vai acontecer com a bovinocultura de leite do Brasil o que vem ocorrendo na Europa, ou seja, a adoção do sistema de ordenha robotizado. Para maiores esclarecimentos acesse https://www.milkpoint.com.br/anuncie/novidades-dos-parceiros/sistema-de-ordenha-robotizado-83966n.aspx.
FLAVIO SUGUIMOTO

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/09/2013

Caro Irauto,



O pensamento do produtor deveria ser ao contrário...



Deveria produzir mais para ganhar escala, com isso produzir mais leite por funcionário. Ganhando escala e padrão, pode-se também pensar em automatização de várias atividades precisando menos mão de obra, assim também aumentando a relação leite/funcionário. Assim pode-se contratar funcionários mais qualificados e remunera-los bem melhor.



O produtor não deveria pensar em produzir menos para poder tocar sozinho a atividade, pois esse tipo de produtor terá cada vez menos chance de sobreviver. É a mesma coisa que acreditar que a agricultura de subsistência é viável, onde é mais barato ir no supermercado e comprar um saco de arroz do que produzir o mesmo.
IRAUTO GOMES DE MELO

GARANHUNS - PERNAMBUCO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/09/2013

Estar difícil se manter na atividade , querem trabalhar pouco e ganhar muito infelizmente temos que se modernizar para diblar a mão de obra, tem que produzir bem pouco mas com qualidade por isso que para quem tem dedicação o sistema do Balde Cheio funciona pq vc ganha dinheiro com a atividade em uma área menor , o fruto da falta da mão de obra é isso mesmo o bolsa o governo doa muita bolsa . Daqui uns dia o Brasil pode parar de produzir.
JOSÉ AFRANIO BRIGAGÃO

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 11/09/2013

Estou de pleno, acordo. Isto é uma vergonha, vergonhosa. Dias átras sai do meu trabalho e deparei  com uma fila que dava volta no predio, ainda indaguei qual era o motivo? Sabe o que era? Fila de familiares presos recebendo nada mais  do  que 912,00 para ficarem atoa comendo nosso dinheiro,  são antiprodutivo e na ociosidade, não pagam  água e nem energia e nem um tipo de imposto(carga tributaria deles é 0,00%). Indice no Brasil, 75% dos presos são reincidentes com direito a celular, com vista intima, vivemos pessoas inseguras diante de tanta robalheira, este é destino do cidadão  de bem.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/09/2013

Prezados Senhores: Tudo isso é fruto da política eleitoreira do Governo Federal que, ao invés de ensinar a pescar dá o peixe ao cidadão, com seus intermináveis bolsa escola, vale gás, bolsa família, vale tudo, vale ócio...

Hoje, as praças das cidades do interior estão repletas de jovens, crianças, adultos e idosos que preferem ficar à toa do que trabalhar, já que a Dilma banca tudo no final do mês.

E, mais grave ainda, viramos verdadeiras fábricas de meninos, já que quanto mais filhos, mais se ganha.

Uma vergonha - ou melhor, falta dela.



GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ OITO ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

https://www.fazendasesmaria.com

NELCHIOR

GUARACIABA - SANTA CATARINA - ESTUDANTE

EM 06/09/2013

nada a vê essa pesquisa

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