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Cafeicultores indignados pressionam governo

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 20/02/2013

2 MIN DE LEITURA

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Indignados com uma ausência efetiva de uma política para o setor cafeeiro, sobretudo para dar sustentação aos preços do produto, dirigentes de sindicatos rurais do sul e do sudoeste de Minas reuniram-se na Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (Cooparaiso) para traçar uma linha de ação na tentava de sensibilizar o governo para o atendimento de uma pauta de reivindicações emergenciais para o setor.

Na mobilização ocorrida na Cooparaiso, as lideranças sindicais expuseram a dramática situação vivida pelos produtores de café, que estão vendendo a safra praticamente abaixo do custo de produção, (com a saca no dia sendo cotada a R$ 300) e elevaram o tom em relação a setores do governo federal, que na visão dessas lideranças, viraram as costas par os setor cafeeiro.

Os sindicatos já divulgaram o manifesto “o silêncio e a omissão tem que acabar" – CONFIRA AQUI, que relata a situação caótica dos produtores de café.

O vice-presidente da cooperativa, José Fichina, disse que o setor necessita de ser “pró-ativo e cobrar o governo. O produtor que falar que está ganhando dinheiro com esse preço tem que ensinar para todos nós. Precisamos saber o que as lideranças e o governo estão fazendo, porque até agora só tivemos medidas paliativas”, disse.

Para o coordenador da Comissão de Café da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), Breno Mesquita, é preciso de uma política séria e com antecedência. “Ou fazemos algo concreto ou o governo compra o nosso café e esquecemos que somos produtores”, enfatizou.

O vice-presidente da Faemg, Jerônimo Giacchetta, criticou diretamente o secretário executivo do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Gerardo Fontelles, como um dos políticos que mais entravam qualquer avanço que uma política cafeeira possa ter. “O que vemos hoje no ministério é que ressuscitaram o Gerardo Fontelles, que pensa um milhão de vezes para tomar alguma atitude pró-cafeicultura, pois ele tem 30 anos de ministério e é assim que quer ficar”, reclamou.

A reunião gerou um documento provisório denominado “A recuperação do Brasil como agente ativo no mercado mundial de café”, assinado pelos sindicatos rurais, contendo as principais reivindicações formatadas na ocasião. A expectativa é que o documento seja finalizado na próxima reunião do Conselho Nacional do Café (CNC), que acontece dia 25/02, em Varginha/MG.

Este movimento tem o apoio até o momento dos seguintes sindicatos rurais mineiros:

Sindicatos dos Produtores Rurais de: São Sebastião do Paraíso;  Cássia; Ibiraci; Monte Santo de Minas; Boa Esperança; Muzambinho; Guaranésia; Cabo Verde; Altinópolis; Varginha; Três Pontas; Jacuí; Itamogi; Pratápolis; Piumhi; Guaxupé; Monte Belo; Nova Rezende e Poços de Caldas.

Confira aqui carta do Deputado Federal Carlos Melles, Presidente da Cooparaiso, a respeito do drama atual e soluções propostas.

Assista abaixo entrevista com Carlos Melles no programa Mercado & Cia:



As informações são do Coffee Break, adaptadas pelo CaféPoint.

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ROBSON FRANÇA RODRIGUES

MUQUI - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 26/02/2013

Produzir café qualquer que seja arabica ou conilon no Brasil está ficando cada vez mais complicado,pois o custo de produção está muito elevado com uma pequena vantagem para o conilon. Complicado mais ainda que este governo não está nem um pouco preocupado com quem realmente produz neste país,pois não há uma politica seria com relação a isto.Ele o governo está mais preocupado com a reeleição,do que com os produtores,que são os grandes esteio deste país.
WILSON BOCARDI MACHADO

TRÊS CORAÇÕES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/02/2013

Caros amigos  produtores,



O momento é de união e de pensar no futuro. O setor cafeeiro não suportará, sem perdas, as próximas safras recordes do Brasil (2013/2014...). O mercado externo recomporá seu estoque e uma nova e séria crise bate a nossa porta. Idéias criativas são necessárias visto que a parte politica é falha e não pro-ativa. Na safra o preço provavelmente retornará aos patamares de RS$230,00. O caminho é um só: reduzir a mão de obra, mecanizar a colheita e renovar os cafezais velhos e reduzir o numero de cafezais. Na verdade o mercado gira entre demanda e oferta, sendo a oferta muito elevada no momento.



Muitos falam em erradicar suas lavouras e plantar milho, feijão ou mesmo criar gado.



Ser produtor no Brasil não é nada fácil, e ser produtor de café é pior ainda. Tem Bolsa Família, Programa Brasil Carinhoso... é hora de ter algo para o produtor se manter com o mínimo de dignidade em seu oficio.



Quem sabe se uma nova geada não resolveria o problema de todos...brincadeiras a parte, o problema é o mesmo, e o produtor é o único que paga a conta.


JOSÉ WILSON LOPES

GARÇA - SÃO PAULO

EM 22/02/2013

O sistema de comercialização de café pelos produtores brasileiros é o mesmo dos ultimos cem anos.  Produzimos para depois vender.



Produtores de soja vendem para depois produzir. Estão certos. Produtor de café joga metade de sua colheita numa "pre-comercialização" com data fixada para sua liquidação. Dos recursos repassados pelos banco na ultima safra, mais de 1 bi de reais está armazenado, pagando seguro, armazenagem, juros sobre o emprestimo. Data para pagamento do emprestimo: Junho ou Julho de 2013. Esqueceram que neste periodo já estaremos com nossa colheita em pleno vapor? Haverá excesso de oferta, logicamente. E ainda esperam aumento de preços? Dificil entender a logistica deste pessoal para ganhar dinheiro!
MARA FREITAS

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 21/02/2013

Efeito manada, em função do ceteris paribus da política cafeeira brasileira, desde as barbas de D. Pedro II.
GILMAR SILVA GONÇALVES

BARRA DA ESTIVA - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 21/02/2013

Exige-se muito fazer café de qualidade,mas há muito tempo o Brasil não tem uma politica séria de realmente valorizar quem produz com qualidade. Acho porém quem comanda este Ministério de Agricultura não sabe o quanto é oneroso e trabalhoso manter uma lavoura de café. Ou talvez, acham que 300,00 reais a saca é um bom preço. Será que ele já produziu café?  
MURILO DE FREITAS FERRACIN

MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/02/2013

Estamos caminhando a passos largos para o sepultamento desta classe produtora, pois os únicos componentes desta que se sujeitam a uma vida miserável são os pequenos, aqueles que fazem tudo e se quer colocam suas diárias em seus custos (ou melhor, nem sabem quanto custa seu produto).



As indústrias estão radiantes, pois vão explodir com um faturamento jamais alcançado em toda sua história, pois deixar misturas de 50% arábica e 50% conillon (ou mais) para a massa consumir e estão até aumentando este consumo do moído.



Acredito que fomos "educados" através do tempo que produzir café de alta qualidade é a salvação, acho que vamos ter que perder rápido esta educação, juntamente com as cooperativas ou representantes que "classificam" nosso produto e patir para simplesmente comprar 60 kg de café, como milho e soja, pois se o conillon que não tem qualidade nenhuma está no mesmo patamar, como vou vender um arábica classificado?



Correr o risco de estourar uma xícara e vender mais barato que o conillon?



Ou será que a verdade sobre produzir um produto de alta qualidade é bom mas não para nós produtores e sim para os intermediários que apenas "classificam" e repassam nossos produtos adquirindo lucros sem riscos?



Complicado isso não?
LUIS HENRIQUE SERRA BARROS LEMOS

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 21/02/2013

Se vc contar lá fora para algum gringo que é dono de uma fazenda de CAFÉ,ele vai achar que vc é rico.



Se vc comentar com ele que no seu país o seu produto oscilou quase 50% este ano no preço e que o seu custo subiu mais de 30%,e mesmo assim vc continua produzindo,no mínimo ele vai te chamar de mentiroso ou achar que vc é louco.



Agora,se vc vai achar que o governo vai ajudar a sua atividade CAFÉ, acho mais fácil começar a acreditar que vc vai achar um DUENDE NA SUA LAVOURA...
ERNESTO NEVES MENDONÇA

CAMPO BELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 21/02/2013

Acho que a iniciativa é boa, mas ainda aquém das espectativas. Parece-me muito simbólica para o momento tão delicado. Isto mostra como nossas lideranças mineiras estão por fora de tudo que é cafe. Não temos mais mineiros como antigamente. São todos omissos, não cuidam direito dos nossos bens, economicos, sociais, de saude e educação. Hoje o café está entre a cruz e a espada, mas nós produtores já estamos no fundo do poço, em que nós mesmo construimos.



Esta de ficar dependendo de politico, de midia politica é o nosso mal maior.



Temos que desapegar destes parasitas, com autos e estupendos salarios, que na surdina voltam seus proprios salarios, e o resto de nós que se vire e revire para conseguirmos sobreviver. Mas alguém está ganhando muito com isto, o banqueiros do mundo todo, ficam só esperando de tocaia, para que corramos logo para eles com o pinico na mão. Chega, perdemos o Niobio (minerio mais valioso do mundo, temos só 98% das jazidas do planeta, os outros 2% estão no Canada.) E agora outro bem Brasileiro esta indo para o ralo, chega!!!!!!!
ELI VALERA NABANETE

MARUMBI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 20/02/2013

Otima iniciativa dos sindicatos.So que ainda eh muito pouco precisa-se uma abrangencia de todo o Brasil produtor, quais sejam, sindicatos, cooperativas e produtores.Talvez assim o governo se sensibilize com essa classe (muitissimo importante por sinal)

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